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Acreditar em boatos na web independe de crenças políticas

 (Foto: Ilustração: Raul Aguiar)

 

Em sua campanha presidencial, Donald Trump afirmou que as pesquisas sobre o aquecimento global eram mentirosas. Apesar da falta de credibilidade da informação, não faltaram pessoas que apoiaram e ajudaram a divulgar a teoria da conspiração. Meses depois, já eleito presidente, Trump utilizou dados desatualizados e fora de contexto para justificar a saída dos Estados Unidos do acordo climático de Paris.

Para entender como a circulação de notícias falsas impacta a política norte-americana, pesquisadores do Massachussets Institute of Technology (MIT) publicaram uma pesquisa sobre o assunto. De acordo com os analistas, apesar da disseminação de boatos não ser novidade nas disputas políticas, a velocidade com que essas informações se espalham atualmente aumenta a chance de mais pessoas acreditarem em notícias mentirosas.

O estudo revela que informações pouco confiáveis tendem a ser consideradas verdadeiras por pessoas que têm diferentes posicionamentos políticos. Os pesquisadores também notaram que os militantes continuam acreditando em um político de sua preferência mesmo que ele seja pego mentindo. Um exemplo disso ocorreu nas eleições de 2016, em que parte do eleitorado de Donald Trump espalhou a notícia de que o ex-presidente Barack Obama não era norte-americano. Quando o fato foi desmentido, os defensores do candidato republicano continuaram apoiando Trump.

“Podemos reconhecer que um demagogo mentiroso não está falando a verdade, mas ‘apreciamos’ sua boa vontade para desafiar o opositor”, destacou Ezra Zuckerman, um dos participantes da pesquisa, em evento organizado pelo MIT. “Mas tenho esperança em um mundo no qual possamos acabar com essas estruturas que nos dividem”, disse ele.

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