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Brinquedos hackeados conseguiram "ouvir" mensagens de crianças

 (Foto: CloudPets / Spiral Toys)

 

No início de 2017 os bichinhos de pelúcia CloudPets assustaram o mundo. O brinquedo foi hackeado e milhares de mensagens trocadas entre crianças e familiares foram “sequestradas” por hackers. Isso porque o brinquedo contava com um recurso em que mensagens de áudio poderiam ser transmitidas para o bichinho. De acordo com o especialista em segurança virtual Troy Hunt, mais de 2 milhões de mensagens foram vazadas: “O que chocará as pessoas é que elas provavelmente não sabiam que, quando conectam o ursinho à internet, as mensagens vão direto para um servidor da Amazon”, afirmou para a rede CNN.

A empresa guardava as informações da criança na nuvem, como a maior parte dos brinquedos do tipo. O caso dos CloudPets assustou mais porque informações como nome, e-mail e até uma foto da criança deveriam ser fornecidas para que o bichinho funcionasse.

 A FireEye, empresa especializada em cibersegurança, recomenda que passatempos que se conectem com a internet não deveriam ser comprados: “O mais frustrante é que não há como se proteger. Ou você aceita os riscos ou não utiliza o objeto”, afirma a empresa.

A corporação conta que os perigos são muitos, já que, em casos como esse, os hackers poderiam obter fotos e outras informações das crianças, além de ter acesso a senhas: “Sabemos que frequentemente as pessoas usam o mesmo código para diferentes contas”, afirma a FireEye.

Os especialistas afirma que não há muito o que ser feito pela sociedade, já que a maior responsabilidade é dos fabricantes: “Companhias precisam acrescentar a segurança no design de seus produto, isso não pode ser pensado depois. Aparatos conectados como este brinquedo precisam ser criados assumindo o risco de que hackers tentarão invadi-lo. Deveriam ser criados para que, mesmo que as informações sejam roubadas, os invasores não consigam utilizá-las”, enfatiza a empresa.

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*Com supervisão do editor Thiago Tanji.

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