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Cientistas utilizam método químico para identificar doenças mentais

A professora Ljubica Tasic (à esquerda) lidera pesquisa no Instituto de Química da Unicamp (Foto: Antoninho Perri/Portal Unicamp)

 

 

 

 

Na tentativa de diagnosticar graves transtornos mentais, a maioria dos psiquiatras precisa confiar nas impressões de seus pacientes ou no testemunho de entes próximos. No caso de doenças como a bipolaridade, às vezes é difícil chegar a um diagnóstico preciso.

Um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), liderado pela professora do Instituto de Química da Unicamp, Ljubica Tasic, resolveu mudar isso. Eles estão desenvolvendo um novo método de análise através do soro sanguíneo que procura as diferenças na concentração de metabólitos —  nome dado aos resultados do processo metábolico de uma determinada molécula — no sangue dos pacientes. 

Metabólitos, como lipídios, aminoácidos, glicose ou qualquer outro composto resultante das reações enzimáticas do metabolismo compõem o metabolma do soro. Por meio da comparação de metabolomas das pessoas com esquizofrenia, bipolaridade e com um grupo de pessoas saudáveis, é possível identificar em qual dos perfis o paciente se encaixa. “Isso é uma pesquisa fundamental de base, algo pioneiro e bem empolgante, mas precisamos ampliar nossos estudos. Esperamos que outras pessoas tentem replicá-lo agora", afirma a professora Tasic.

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