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Crânios de 11 mil anos dão pistas sobre culto macabro na Turquia

 (Foto: YouTube/Science Magazine)

 

Crânios de quase 11 mil anos foram descobertos com estranhos entalhes no sítio arqueológico de Göbekli Tepe, ao sudeste da Turquia, próximo à fronteira com a Síria. Pesquisadores do Instituto Alemão de Arqueologia que trabalham no local acreditam que os detalhes são a primeira evidência de um ritual funerário praticado na região naquela época.

Desde os anos 1990, os arqueólogos vêm encontrando centenas de restos mortais em Göbekli Tepe. Mas o que chama a atenção dos especialistas é que, dos quase 700 pedaços de ossos achados, 408 são de crânios. Entre esses, 40 mostram sinais de corte, o que indica que a carne foi retirada do corpo logo após a morte dos indivíduos. Além disso, três de sete ossos vertebrais analisados têm evidências de decapitação.

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Para entender melhor os achados, os arqueólogos se concentraram na análise de três crânios. Assim, descobriram que algumas marcas são entalhes feitos de forma proposital. Para eles, porém, a intenção não era decorativa.

Em um dos crânios, por exemplo, um furo foi feito na parte de cima da cabeça, o que sugere que as modificações tenham sido produzidas para facilitar o manuseio ou então para ajudar a pendurá-lo em algum lugar.

Além dos ossos, inscrições em pedra encontradas no local mostram uma preocupação exagerada em relação a cabeças humanas. Figuras decapitadas ou segurando crânios nas mãos foram achadas no local. Em Göbekli Tepe, também já foi descoberta uma pedra que continha relatos de um possível choque de meteoro na Terra.

Para os arqueólogos, os homens da época provavelmente usavam as caveiras de seus inimigos derrotados como forma de mostrar poder ou então veneravam os crânios de seus antepassados.

O sítio de Göbekli Tepe já é conhecido por ser um local sagrado para os antigos. Usado desde de 9 mil a.C., aproximadamente, o terreno possui rochas curvas ao redor de um grande número de pilares, como uma espécie de templo.

Isso e as descobertas dos crânios põem em prova a ideia de que a agricultura — prática que ainda estava nascendo na época em que o lugar foi criado — foi a responsável pelo surgimento de religiões e organizações sociais mais complexas.

(com informações de ScienceAlert)

 

 

 

 

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