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Donald Trump decide retirar EUA do acordo climático de Paris

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje que o país sairá do Acordo de Paris (Foto: WikiCommons)

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na tarde do dia 1º de junho que o país sairá do Acordo de Paris. Em declaração realizada nos jardins da Casa Branca após quase meia hora de atraso, o mandatário afirmou que tomou essa decisão para preservar os interesses dos cidadãos norte-americanos.

"Para proteger a América e seus cidadãos, os Estados Unidos se retirarão do Acordo Climático de Paris. Mas começaremos a rediscutir esses acordos em termos justos para os trabalhadores e os contribuintes: estamos saindo, mas iniciaremos negociações para um acordo justo", afirmou Trump em seu discurso. Mike Pence, vice-presidente dos Estados Unidos, esteve ao lado de Trump e fez o discurso de apresentação aos jornalistas. Considerado o maior tratado de combate às mudanças ambientais da história, o Acordo de Paris foi assinado em 2015 por 195 nações de todo o mundo.

Como os Estados Unidos são o líder em poluição de gás carbônico, a permanência do país no tratado era essencial. Isso porque o tratado afirma que as nações desenvolvidas têm maior compromisso na diminuição da emissão de carbono, além de ajudar os países mais pobres a cumprirem com as metas do documento.

“Em termos cumulativos, com certeza temos mais responsabilidade neste problema do que qualquer outro país”, afirmou David G. Victor, especialista da Universidade da Califórnia, ao periódico The New York Times.

A saída norte-americana abre precedente para que outros Estados repensem e até desistam do Acordo de 2015, algo considerado extremamente preocupante por cientistas e ambientalistas. Afinal, o tratado também deseja garantir que o aumento da temperatura média global fique 2°C abaixo dos níveis da época pré-industrial, além de prosseguir os esforços para limitar o aumento da temperatura em até 1,5°C.

Um dos argumentos do governo Trump para a saída do Acordo de Paris diz respeito aos impactos econômicos do tratado. Para o presidente norte-americano, o documento prejudicaria o desenvolvimento produtivo do país — que teria de ajustar seu modelo de industrialização — e causaria aumento no desemprego.

Em termos gerais, a China superou os Estados Unidos em emissões de carbono há 10 anos. Deve-se levar em consideração, no entanto, que a quantidade per capita de poluição dos norte-americanos é muito maior em relação aos chineses: os Estados Unidos são responsáveis por cerca de um terço do total mundial de emissões de carbono e possuem apenas 4% da população do planeta.

Meses atrás, Trump salientou que muitas políticas do ex-presidente Barack Obama seriam deixadas de lado, como a diminuição nas emissões de carbono e a ajuda econômica e social países mais pobres. Os especialistas, entretanto, ressaltam que o aquecimento global e a poluição do meio ambiente já não são responsabilidades de apenas algumas nações — se quiserem melhorar a qualidade de vida e ajudar a natureza, todos os países precisam oferecer alguma contribuição. 

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*Com supervisão do editor Thiago Tanji.

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