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O segredo para pegar a onda perfeita, segundo a ciência

Os mais velhos (bem mais velhos) talvez se lembrem de quando a expressão “crista da onda” era usada como sinônimo para estar bem na fita. Mas, quando o assunto é o surfe propriamente dito, ela nunca valeu de verdade – sobretudo para as ondas realmente grandes. Ficar em pé na prancha no ponto mais alto não é uma ideia nada boa: quando a onda quebrar, você provavelmente vai acabar tomando um baita caldo e indo água abaixo, com prancha e tudo.

Pensando em esclarecer a melhor forma para vencer a revolta de qualquer marzão, Nick Pizzo tratou de investigar as características mecânicas das ondas, e sistematizar uma fórmula para se dar bem no esporte. O oceanógrafo da Universidade da Califórnia – e também surfista – aplicou princípios da física à superfície do oceano, para entender como a energia cinética da onda molda o movimento. Seus resultados saíram em um artigo do periódico Journal of Fluid Mechanics.

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Pegar a onda é a parte mais fácil. Deve-se posicionar na parte da frente, antes da área em que o mundaréu de água pretende quebrar. Aí, é colocar seus braços para “remar” com toda força que conseguir assim que sentir o momento certo – que será quando você começar a ser arrastado para trás. É importante, aqui, que sua velocidade seja próxima à da onda. Quem for lerdo demais verá a onda passar por si sem quebrar, e, para os apressadinhos, a interação com a água não acontecerá no timing certo. Até aqui, nada demais – qualquer surfista um pouquinho mais habilidoso já seria capaz de fazer.

Para se dar bem quando já estiver de pé na prancha, o segredo é procurar pelo “sweet spot” da onda. Se você joga videogame, pode já estar familiarizado com esse conceito. Estando em um sweet spot, você consegue se livrar de ser acertado pelo golpe fatal do chefe de fase, ou então ser pego por aquela armadilha circular – estilo Mario Bros. No surfe, o princípio é mais ou menos o mesmo: se posicionar no ponto bem no meio da curva de quebra da onda conferirá a maior aceleração possível para você e sua prancha.

Conforme você vê na imagem acima, o ponto ideal de contato fica na parte frontal da crista, dentro da curva que a onda faz. Pizzo notou que as partículas que aproveitaram a viagem por lá conseguiram acelerar ao máximo, completamento o movimento com o melhor aproveitamento possível.

O cientista até elaborou uma fórmula matemática para que se encontre com precisão milimétrica o local exato – que o autor tenta explicar neste vídeo abaixo. Porém, a não ser que você seja um verdadeiro fã das ciências exatas, sair para o mar com as contas feitas não será tarefa tão fácil. É bom arrumar uma calculadora científica à prova d’água também, só para garantir.

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