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Placebo cura coração partido

Placebo é bom para tudo. Até para essa barra que é gostar de você. É o que comprova uma pesquisa liderada pela psicóloga norte-americana Leonie Koban, da Universidade do Colorado.

Em termos técnicos, o teste ousado foi descrito assim: “nós usamos ressonância magnética em seres humanos para examinar o efeito placebo em uma experiência de vida particularmente impactante, a dor social induzida por rejeição romântica recente”. Chique, não?

Em bom português, o que Koban queria era ver se dá para enganar a cabeça de quem levou um belíssimo pé na bunda nos últimos seis meses – e fazer esses fiéis ouvintes de Pablo do Arrocha pensarem que a vida solteira, afinal, não é tão ruim assim.

O golpe foi baixo: um grupo de voluntários recém-largados foi divido ao meio. Todos eles receberam um spray de solução salina nas narinas – uma substância inócua, típica da mochila de quem sofre de rinite alérgica e tem o nariz entupido. A metade que se deu bem foi informada que o líquido tinha propriedades terapêuticas e seria capaz de diminuir o sofrimento. Já a metade fadada à tristeza, que serviu de grupo de controle, ouviu que aquele era só um procedimento padrão antes do exame.

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Depois, todos foram enfiados em uma máquina de ressonância magnética, onde viam fotos dos antigos parceiros e eram estimulados a relembrar o término em seus mais sórdidos e vis detalhes.

Não deu outra: quem achava que o soro era remédio realmente ficou resiliente e aceitou melhor o fim do relacionamento – o exame detectou padrões de atividade cerebral com muito menos “sofrência”.

Segundo os pesquisadores, esse é um passo importante nas pesquisas que analisam os efeitos do placebo aplicado a problemas psicológicos. Hoje, boa parte do que se sabe sobre a atuação dessas substâncias vem de testes clínicos tradicionais – um fato irônico considerando que, nesse caso, quem cura o corpo é a mente.

É claro que, na ausência do soro nasal mágico, uma boa forma de curar (ou quebrar de vez) um coração partido é ouvir a playlist de músicas de amor da SUPER no Spotify. Ou ir direto na favorita deste repórter, Baby Don’t You Do It – composta por Marvin Gaye, mas cuja interpretação mais famosa é da lendária The Band. Bom choro! 

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