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Tudo o que sabemos até agora sobre o caso Bruno Borges

 (Foto: Reprodução/Twitter)

 

O menino do Acre. Foi assim que Bruno Borges, de 24 anos, ficou conhecido após seu misterioso desaparecimento no dia 27 de março de 2017. A única coisa deixada pelo rapaz foi um quarto coberto de mensagens estranhas, 14 cadernos criptografados e uma estátua do monge Giordano Bruno de dois metros.

O caso atraiu a atenção do público desde então. Grupos de pessoas na internet juntaram-se para discutir as principais teorias envolvendo o sumiço do rapaz e sites dedicados à tradução dos cadernos de Bruno foram criados quase que instantaneamente. Até mesmo jogos de celular dedicados à aventura do rapaz foram rapidamente desenvolvidos.

Dois meses depois, o assunto quase desapareceu dos jornais e redes sociais devido às poucas novidades sobre o paradeiro do rapaz. Mas no dia 31 de maio, um novo fato surgiu, levantando novamente as discussões sobre o caso: um amigo de Bruno, Marcelo Ferreira, foi preso sob a acusação de falso testemunho. Ele teria escondido que possuía contratos garantindo a participação de lucros nas vendas dos livros deixados pelo acriano.

Além disso, conversas entre ele e outro amigo de Bruno, Márcio Gaiote, mostram a intenção dos dois em lucrar com a divulgação que o caso estava tendo, segundo relatou o G1.

Para entender melhor toda a trajetória do "Menino do Acre", a GALILEU preparou um guia em ordem cronológica para você entender o que se sabe (até agora) sobre o caso:

Início de março - Os pais de Bruno saem para viajar
Durante um período de 20 dias em que Bruno, seu irmão, e sua irmã, ficaram sozinhos na casa da família, o estudante de psicologia retirou todos os móveis de seu quarto e preencheu as paredes do aposento com mensagens decodificadas. Os parentes afirmam não terem visto nenhuma movimentação anormal no quarto do irmão. Segundo eles, Bruno permaneceu o tempo todo dentro do quarto, algo comum para o rapaz.

16 de março - O artista plástico Jorge Rivasplata entrega estátua de Giordano Bruno na casa de Bruno
A peça possui dois metros de altura e é uma réplica feita sob encomenda da obra original que fica em Roma. Rivasplata afirma ter recebido sete mil reais como entrada para a produção do artefato e depois mais três mil do próprio Bruno. Quem bancou a empreitada foi o primo do rapaz, o oftalmologista Eduardo Borges de Velloso Viana, que transferiu um total de 20 mil reais para conta de Bruno. Segundo os parentes, o estudante de psicologia vinha pedindo dinheiro emprestado para patrocinar um projeto futuro.

Escultura de Giordano Bruno na casa do jovem desaparecido (Foto: Reprodução/G1)

 

A estátua foi requisitada devido à grande admiração de Bruno pelo filósofo romano. Giordano Bruno viveu durante o século 16 e defendia a existência de outros mundos iguais à Terra. A GALILEU preparou um guia sobre o monge para entender melhor a sua história.

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27 de março - Bruno desaparece
Após o retorno dos pais, a família resolveu sair logo depois de almoçarem todos juntos. Essa foi a última vez que Bruno Borges foi visto. Quando o pai retornou do passeio e bateu em sua porta, descobriu o quarto vazio, a não ser pela estátua e os cadernos deixados pelos rapaz.

5 de abril - Sites começam a decifrar códigos deixados pelo rapaz
A partir de uma foto vazada pela internet, um grupo de internautas começou a decifrar as mensagens escritas por Bruno em um de seus livros. De acordo com a tradução so site "Decifre o Livro", o trecho fala de assuntos como a origem da vida e o conformismo perante a sociedade. Nos escritos, o estudante dá a entender que possui grandes revelações para oferecer ao mundo.

10 de abril - O delegado Fabrizzio Sobreiro afirma que os amigos de Bruno teriam feito um pacto de segredo em relação às obras
Um dos amigos de infância de Bruno, Thales Vanconcellos, de 24 anos, afirmou ter ajudado o rapaz a escrever o caderno 13, cujo título seria "Ensaio sobre as perguntas sem resposta". Thales afirma que, no livro, Bruno aborda questões existenciais como "Quem sou eu?" e  "Da onde eu venho?". Outro amigo, Márcio Gaiote, explicou que Bruno fazia jejum e meditação para poder escrever os livros, mas que não sabia de mais nada sobre o projeto.

27 de abril - Família encontra chave para decifrar códigos e traduz três dos 14 livros deixados
Aproximadamente um mês após o desaparecimento de Bruno, a família do rapaz afirmou já ter decodificado três volumes dos cadernos dele. No dia, eles encontraram uma pequena chave que serviria para ajudá-los a quebrar os códigos. No entanto, o pai do rapaz, Athos, explicou que a grande quantidade de conteúdo tornava o trabalho lento.

31 de maio - Polícia prende amigo de Bruno por omissão de informações
Marcelo, um dos amigos do acriano, omitiu da polícia que possuía contratos elaborados por Bruno que lhe davam direito sobre os lucros das vendas dos livros deixados pelo rapaz. Além disso, um rack e uma cama que pertenciam ao desaparecido foram encontrados na casa de outro amigo, Mário Gaiote. Os móveis foram retirados por Marcelo antes de Bruno montar o cenário que o deixaria famoso.

Segundo o delegado, o estudante foi até um cartório registrar os contratos de participação de lucro pouco antes de sumir, o que comprovaria que todo o episódio foi uma simples jogada de marketing. 

Além disso, mensagens trocadas entre Marcelo e Mário mostram que os dois tinhama intenção de ficarem ricos com a venda dos livros de Bruno, já que a divulgação da obra estava se ampliando devido à cobertura da mídia.

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