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9 pessoas que foram fundamentais para a ciência como a conhecemos

Rachel Carson (Foto: Reprodução)

 

Albert Einstein, Marie Curie, Antoine Lavoisier… Esses são apenas alguns dos cientistas que ajudaram a construir o conhecimento que temos hoje. A maior parte deles continua desconhecida pelo público.

Por isso, nos inspiramos no livro A História da Ciência para Quem Tem Pressa, de Nicola Chalton e Meredith MacArdle (Editora Valentina, R$ 30), para apresentar alguns especialistas muito importantes em diversas áreas que ajudaram a formular o mundo como conhecemos.

Rasis (854-925)
O árabe que habitava a antiga Pérsia (atual Irã) é conhecido como o Pai da Pediatria por ter escrito o primeiro livro sobre doenças infantis. Rasis, contudo, foi muito além. Ele ajudou a demonstrar que as enfermidades tinham origens orgânicas, e não eram obra do destino ou de poderes sobrenaturais.

O médico também foi quem descobriu a diferença entre a varíola e o sarampo e entendeu que a febre é uma resposta do corpo para alguns tipos de infecção. Além disso, Rasis foi um dos pioneiros no uso de gesso em ataduras e no debate da ética médica.

Al-Battani (858-929)
Astrônomo e matemático, o árabe Al-Battani foi responsável por desenvolver ideias que substituíram as de Ptolomeu (90-168), que imperavam até então. Foi responsável por desenvolver tabelas que previam a posição do Sol, da Lua e dos planetas de forma muito precisa. As “Tabelas Sabianas”, como eram chamadas, influenciaram muito o mundo latino e seu trabalho foi reconhecido por Copérnico, 600 anos após sua morte.

Outra curiosidade é que Al-Battani calculou com precisão incrível a duração do ano terrestre: 365 dias, 5 horas, 46 minutos e 24 segundos, que hoje é estimada em 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 45 segundos. Também descobriu que as distâncias entre os astros do Sistema Solar variam de acordo com a época, o que o possibilitou prever fenômenos como os eclipses.

Pierre de Fermat (1601-1665)
Foi um dos responsáveis por trazer a “teoria dos números” como algo interessante para o Ocidente. Fermat só trabalhava com números inteiros, se recusando a aceitar frações. Desenvolveu um sistema de coordenadas e por isso é um dos pais da geometria analítca, além de ter ajudado Blaise Pascal a entender um pouco melhor as probabilidades.

 (Foto: Reprodução)

O matemático, no entanto, não foi tão valorizado enquanto viveu. Muitas de suas ideias ajudaram a formar a teoria moderna dos números, dentre elas o chamado Pequeno Teorema de Fermat e o Último Teorema de Fermat, que só foi comprovado em 1995.

Alessandro Volta (1745-1827)
O cientista italiano foi um dos responsáveis por preparar o terreno para o advento da pilha. Volta acreditava fez testes bem sucedidos com zinco, cobre e um líquido condutor de eletricidade.

Sua experiência então foi usada por outros especialistas para a produção de eletricidade. Tempos depois provaram que o que resultava na corrente elétrica era uma reação química que ocorria na pilha.
 

 (Foto: Reprodução)

 

Rudolf Virchow (1821-1902)
Alemão nascido na Pomerânia, Virchow defendeu que as doenças iniciam-se nas células: “Pensem microscopicamente”, dizia. Seus estudos foram base para o advento da patologia moderna e é conhecido como Pai da Saúde Pública, por entender que muitas doenças têm na pobreza a sua causa.

Virshow foi pioneiro no estudo da oncologia e o primeiro a descrever corretamente um caso de leucemia (câncer no sangue). Também descobriu outros tipos de doenças malignas, como câncer de estômago — um dos sintomas da doença é conhecido como “gânglio de Virchow”.
 

 (Foto: Reprodução)

 

Henri Poincaré (1854-1912)
O matemático participou de uma competição feita em 1887 pelo Rei Oscar 2º da Suécia que buscava explicar o funcionamento do Sistema Solar, uma variação do problema da física conhecido como problema dos três corpos.

Ele concluiu que a evolução do sistema é confusa, já que uma pequena mudança nos movimentos iniciais de um astro pode impactar diretamente seu futuro.

Sua explicação foi o suficiente para que Poincaré ganhasse o prêmio e acabou gerando o que seria a origem dos estudos da Teoria do Caos que, por sua vez, só foi desenvolvida 1960.

 (Foto: Reprodução)

 

Florence Bascom (1862-1945)
Bascom foi a primeira geóloga dos Estados Unidos e, por isso, abriu caminho para inúmeras mulheres na área. A cientista tinha o apoio dos pais e, ao se deparar com um professor que não apoiava o ensino misto na Universidade de Wisconsin, persistiu até conseguir vaga na Universidade John Hopkins, em Baltimore.

Tornou-se autoridade em rochas formadas por cristalizações na região de Piedmont, na Pensilvânia, e em locais de Delaware e Nova Jérsei. Descreveu muitas estruturas geológicas da região e é até hoje referência nos estudos da área.

 (Foto: Wiki Commons)

 

Rachel Carson (1907-1964)
A ecologista e bióloga Rachel Carson foi a primeira pessoa a considerar que um pesticida direcionado a uma espécie de erva, inseto ou animal daninho pode prejudicar todo o meio ambiente ao seu redor.

Ela explicou que esses venenos poderiam penetrar o habitat e impactar a vida de outras espécies que vivem no mesmo local, o que pode ter efeito terrível a longo prazo. Carson chamou esses produtos de “biocidas” e identificou mais de 200 substâncias potencialmente prejudiciais para outras espécies.

Foi a primeira a pensar no meio ambiente como algo holístico, e entendeu que pesticidas poderiam afetar até mesmo a alimentação humana. A ecologista ainda serviu de inspiração para a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos e incutiu ideias como a de “ecossistema” na opinião pública.

 (Foto: Wiki Commons)

 

Ahmed H. Zewail (1946-2016)
O egípcio naturalizado americano percebeu na década de 1970 que lasers de pulsos ultracurtos poderiam “fotografar” reações químicas. Isso foi revolucionário, já que essas atividades são extremamente rápidas — os átomos levam menos de cem femtossegundos para se organizarem, o que é muito veloz, levando em consideração que um femtosegundo é o equivalente a aproximadamente 10^-15 segundo.

Zewail usou a tecnologia para aplicar os raios de luz em determinada substância e observar seu comportamento. Sua descoberta permite que as estruturas sejam analisadas, o que revolucionou a físico-química, já que agora é possível “ver” o que ocorre com o material estudado.

 (Foto: Wiki Commons)

 


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* Com supervisão de Giuliana de Toledo.

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