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Conheça a mitologia chinesa e a origem de seu zodíaco

 (Foto: Pixabay)

 

As origens da China são antigas e têm influências de povos com diferentes culturas e crenças religiosas. Essa mistura moldou o modo de vida chinês no decorrer dos séculos, gerando valores seguidos até hoje pela população do outro lado do mundo.

Conheça alguns as histórias mais curisosas dessa riquíssima cultura, como o complexo (e misterioso) zodíaco chinês:

A lenda de Bai She Zhuan, a Mulher Cobra Branca
Bai She Zhuan e Xiaoqing, as cobras branca e verde, respectivamente, praticavam magia taoísta e buscavam a imortalidade. Um dia, finalmente, conseguiram se transformar em belas mulheres. Não demorou para que Bai She Zhuan se apaixonasse e se casasse com Xu Xian. Enquanto estava grávida do primeiro filho, porém, um monge budista tentou alertar Xu Xian de que sua esposa era, na verdade, uma cobra, e usou de um ardil para que o marido desse arsênico à esposa.

Enfraquecida, Bai She Zhuan teve de voltar a sua forma escamosa, o que assustou e quase matou Xu Xian. Após uma série de peripécias, a cobra branca foi aprisionada após dar à luz. Anos depois, Xiaoqing resgatou-a, mas o fim da história varia e não se sabe ao certo o que ocorreu a Bai She Zhuan.

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A fábula de Kua Fu
Kua Fu foi o líder de um grupo dos gigantes e sua história explica a origem da paisagem geológica de parte da China, assim como traz uma lição sobre humildade.

Vendo seus amigos enfrentarem problemas durante um verão muito quente, Kua Fu decidiu dominar o sol correndo nove dias e nove noites pelas suas terra. Segundo a mitologia, parte do relevo da China teria sido formado assim. Ao fim da história, no entando, Kua Fu fica exausto e morre de sede, mostrando os perigos da arrogância.

Os dragões
Na cultura chinesa os dragões são criaturas benevolentes e auspiciosas, além de serem símbolos de prosperidade e poder. Esta figuras mitológicas são associados à umidade, à chuva e às nuvens, além de serem os “guardiões do clima”. Muitas vezes são retratados em busca de uma pérola, que significa uma verdade ou sabedoria universal que o anima deseja obter.

Os dragões chineses são híbridos de vários animais e são representados, no geral, com patas de tigre, olhos de lebre, galhada de cervo e escamas de carpa, por exemplo.

O ano-novo chinês
Diz a história que o ano novo era o período em que Nian, o ano, cedia à sua paixão de devorar pessoas. Amedrontatos, os cidadãos fugiam de suas casas. Certa vez, um mendigo pediu abrigo na residência de uma senhora justamente nessa época, e ela explicou os perigos de permanecer ali naquela data. O homem, entretanto, disse que se a mulher o desse moradia ele expulsaria Nian para sempre.

Assim, na última noite do ano, o monstro chegou à cidade em que o mendigo estava e, ao avistar a casa vermelha cheia de fogueiras, ficou alarmado. Quando chegou perto do local, o mendigo saiu vestido de vermelho e cercado por fogo, assustando o monstro, que fugiu.

É por isso que, até hoje, os chineses acendem fogueiras, soltam fogos e enfeitam suas casas de vermelho para afugentar a terrível fera.

O zodíaco chinês
Há muitos mitos que explicam a origem do zodíaco chinês, mas o mais famoso é o da Grande Corrida. Segundo ela, o Imperador de Jade, senhor dos céus, queria encontrar uma forma para dividir o tempo, então decidiu criar uma corrida entre os animais. Os doze primeiros que conseguissem atravessar o rio ganhariam um lugar no calendário, na ordem em que chegassem.

O primeiro foi o rato, seguido pelo boi, que aceitou levar o vencedor em seu chifre, já que ele não conseguiria nadar. Então, vieram o tigre e o coelho, que teve que pular nas pedras do rio para completar a tarefa. Prestativo, o dragão apareceu em quinta, já que parou para ajudar outros animais. O cavalo veio logo atrás, mas se assustou com a cobra e acabou chegando em sétimo, depois da serpente. A cabra, o macaco e o galo chegaram juntos, mas toparam dar o oitavo lugar para a cabra, que era a mais harmoniosa dos três. Depois veio o cachorro, que poderia ter alcançado a outra margem mais rapidamente, mas ficou boiando (literalmente), no rio. Por fim chegou o porco, que parou para comer e tirar um cochilo no meio do trajeto.

Cada ano representa um desses animais, mas os ciclos só recomeçam a cada 60 anos. Isso porque, além de se relacionar com os bichos, o zodíaco dialoga com os cinco elementos: metal, madeira, água, fogo e terra, que por sua vez se relacionam com o ying ou yang, criando um ciclo de 10 anos. Tudo isso gera 60 anos de combinações diferentes.

As pessoas também podem ter um animal interior baseado no mês em que nasceram, um animal verdadeiro, pensando no dia, e um animal secreto, considerando a hora.

(Com informações de A história da mitologia para quem tem pressa, de Mark Daniels. Editora Valentina, 196 páginas, R$30.)

(*Com supervisão de Nathan Fernandes.)

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