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Do que são feitas as lentes de contato?

 (Foto: Tomás Arthuzzi)

 

Há cerca de 500 anos o italiano Leonardo da Vinci já cogitava acabar com problemas de visão por meio do desenvolvimento de uma espécie de lente que poderia ser posta na superfície do globo ocular. Mas ele nunca tirou a ideia do papel, e as lentes que conhecemos hoje ainda demoraram bastante para aparecer. O que impulsionou sua fabricação não foi a vontade de corrigir o grau, e sim a necessidade de proteger os olhos.

Antigamente, as lentes eram feitas de forma rudimentar, com vidro, e encaixadas nos olhos dos guerreiros que andavam por ambientes inóspitos e vivenciavam situações difíceis, como tempestades de areia. Esse modelo lembra as lentes esclerais, usadas ainda hoje por quem tem anomalias nas córneas. Foi só em 1929 que William Feinbloom desenvolveu uma lente de contato produzida com vidro e plástico. Entretanto, continuava sendo um material muito rígido, que causava desconforto no usuário. As lentes de contato gelatinosas, consideradas por alguns médicos oftalmologistas como mais confortáveis e maleáveis, só foram inventadas nos anos 70.

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Hoje, ainda existem lentes dos dois tipos: rígidas e gelatinosas. As rígidas não precisam de hidratação após o torneamento computadorizado e o polimento; as gelatinosas, por sua vez, precisam.

Silicone-Hidrogel
Este elemento, que faz parte das lentes de hidrogel associadas ao silicone, possibilita que as lentes deem maior capacidade de oxigenação aos olhos.

Água
Toda lente tem uma porcentagem de água, que pode chegar a 60%. A função da água é aumentar o conforto com a hidratação e auxiliar na oxigenação da córnea.

Hidroxietilmetacrilato (HEMA)
É uma espécie de “plástico” que tem a capacidade de se hidratar. É usado nas lentes de hidrogel, conhecidas como “gelatinosas”.

Fluorcarbono
O carbono está presente em quase todas as matérias do planeta e é indispensável para a vida humana. Na lente de contato, unido ao flúor, garante um material estável.

Fluorsilicone
O silicone, quando associado ao fluorcarbono, gera este novo material que também facilita a chegada de oxigênio ao olho do usuário.

*Com apuração de Cartola — Agência de Conteúdo Fontes: Viviane N. Uebel (CREMERS 24178), diretora técnica do Hospital Banco de Olhos de Porto Alegre; Brunno Dantas, membro titular da Sociedade Brasileira de Oftalmologia; e Luis Ricardo Del Arroyo Tarragô Carvalho, médico oftalmologista do Hospital São Lucas da PUCRS

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