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Já chegamos à metade do ano…


Eu curto um misticismo, vocês sabem.

Tomo banho de sal grosso; faço simpatia; bato na madeira; só corto o cabelo na lua cheia e tenho TOC de fazer três vezes o sinal da cruz sempre que me vem um mau pressentimento.

Não deixo sapato virado; tenho um bocado de amuletos; de vez em quando faço umas leituras de tarô e justifico meu papel de trouxa com o posicionamento da Lua e de Vênus.

Boto fé em búzios, leitura de mão e em gente sensitiva. Faço o mapa astral de todo o mundo e tô nessa aí de achar que tudo na vida é sobre energia.

Eu acredito em tudo isso mas hora ou outra me vejo obrigada a me revestir de um pouco de ceticismo para assumir um negócio para vocês, amigos: essa primeira metade do ano foi bem meia-boca para mim e eu tenho plena noção de que a culpa foi quase toda minha!

Eu fui bem negligente com esses seis meses. Fui relapsa, fugi de responsabilidades e por muitas vezes fui bem egoísta. Caí na besteira de fazer o pagamento mínimo, desmarquei encontros com gente que eu amo e fiquei em casa por pura preguiça.
Fui deixando o tempo passar…

Escrevi menos do que gostaria e produzi bem menos do que deveria. Digitei dirigindo, comi chocolate durante a semana e usei a dieta como desculpa para não tomar gin tônica no sábado à noite com uma amiga.

Eu sofri de autopiedade e corri atrás de coisas que não deveria. Doei pouco e não fui tão boa quanto gostaria. Agi pouco, esperei muito e gastei pouca energia.

Deixei a gaveta desarrumada, não limpei os pincéis e adiei ao máximo a faxina. Saí pouco da zona de conforto e coloquei muito a culpa nos outros. Eu não fui minha própria heroína.

Enfim… Vivi um monte de coisas boas mas eu sei que foram meses pouco produtivos porque eu de fato produzi pouco.

Demorei um bocado para aceitar tudo isso porque ser humano é um bicho meio fujão mesmo. Sempre que a gente faz alguma coisa errada, a reação mais natural é dizer “a culpa não foi minha”. A gente diz que explicaram errado; que ninguém deu as instruções direito e que o manual estava em mandarim. Diz que é culpa do clima e da crise econômica. É culpa do trabalho, do ascendente em Aquário e das adversidades da vida. Não tem muito jeito. Todo o mundo é mais ou menos assim.

Mas sabe, teve uma coisa que eu aprendi. Aprendi que grande graça da vida é fugir a essa nossa natureza. A grande evolução é conseguir enxergar nossas responsabilidades sobre o fluxo dos acontecimentos para então trilhar novos caminhos. É nos conscientizando de que os acontecimentos são de fato uma colheita que a gente assume as rédeas da vida.

Agradeço a esses pelas pessoas maravilhosas que me apresentou e por essa lição aprendida. Pessoas especiais e uma boa lição podem parecer pouca coisa, mas desconfio que às vezes é exatamente isso que muda uma vida.
O ano começa agora. Todo dia é uma nova vida.

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