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#Luneta 51: Tudo o que você precisa saber sobre asteroides

Doçuras, travessuras ou asteroides? (Foto: Reprodução)

Existem pelo menos um milhão de asteroides que podem atingir a Terra e destruir uma cidade — destes, menos de 10 mil foram descobertos. Seria como se sua casa fosse perigosamente orbitada por um enxame de pedras voadoras e você só conhecesse 1% delas. Achou preocupante? Os astrônomos também acham: é por essas e outras que, na última sexta-feira (30), o mundo parou para falar sobre os asteroides.

Desde 2014, 30 de junho entrou para o calendário como um momento especial para conversar sobre o tema. A discussão é tão importante e urgente que, em dezembro de 2016, a ONU oficializou o Dia do Asteroide como uma data educacional voltada principalmente à conscientização sobre os riscos de impactos.

Um dos criadores da iniciativa é ninguém menos que Brian May, o lendário guitarrista do Queen que, antes de fazer história com Freddie Mercury, se formou em astrofísica. O Asteroid Day contou com mais de 700 eventos de divulgação científica, realizados em 190 países. Além de divulgar o assunto, o projeto também mobiliza a população a pressionar para que as pesquisas de detecção e monitoramento de asteroides gerem mais resultados.

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Para isso, foi criada a Declaração 100X, uma petição apoiada por grandes nomes da ciência (que você também pode assinar!) exigindo que a taxa com que descobrimos novos asteroides seja acelerada em 100 vezes nos próximos dez anos, resultando em 100 mil novas detecções por ano. Não é à toa que a data escolhida foi 30 de junho: neste dia, em 1908, uma floresta de pinheiros na região de Tunguska, na Sibéria, foi arrasada pela maior explosão causada por um meteoro na história recente.

Ao reentrar na atmosfera, o objeto explodiu antes de impactar a superfície. Ainda assim, a onda de choque produzida foi tão forte que derrubou árvores em uma área de 2 mil quilômetros quadrados. Um século e alguns anos mais tarde, em 2013, também na Rússia, outro meteoro causou estardalhaço, desta vez na cidade de Chelyabinsk: com cerca de 20 metros de diâmetro, sua explosão danificou prédios e casas e resultou em mais de mil pessoas feridas.

A má notícia é que, mesmo com toda a tecnologia de que dispomos hoje, não conseguimos detectar um meteoro como o de Chelyabinsk até que ele já esteja na atmosfera. Tudo isso e muito mais foi discutido no Luneta Live* desta semana: um especial sobre asteroides bem no Dia do Asteroide. Assista para conhecer mais a fundo o que há de mais recente nas pesquisas sobre o tema.

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Falamos também sobre os riscos concretos dos impactos e com que frequência eles ocorrem, bem como das técnicas que poderiam ser utilizadas para destruir ou desviar corpos em rota de colisão e dos investimentos em defesa planetária — área de estudos que nos ajuda a descobrir como proteger nosso planeta dos riscos vindos do espaço.

E, para encerrar a discussão, comentamos as perspectivas de mineração dos asteroides. Estaríamos às vésperas de entrar na era da extração dos recursos espaciais? Qual seria o impacto dessa nova corrida do ouro aqui na Terra e em nossa civilização? Enquanto essas perguntas permanecem em aberto, temos liberdade para especular e pensar em cenários que sejam favoráveis à toda humanidade, e não só a um punhado de empresas poderosas.

Assista abaixo!

* O Luneta Live é transmitido ao vivo todas as sextas na página da Revista Galileu no Facebook. O programa vai ao ar às 17h para comentar as notícias astronômicas mais interessantes da semana, com análises sobre as histórias espaciais que viraram manchete no mundo todo. Acompanhe a seção também nas edições impressas da revista para ficar por dentro das principais novidades da astronomia e da exploração espacial!

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