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O que aprendi após sobreviver a um relacionamento abusivo


Talvez você se reconheça em algum parágrafo, em uma frase, ou até em alguma palavra que te faça lembrar de um determinado momento em que você chegou a achar que o seu amor não era suficiente, mas acabou descobrindo que nunca houve amor.

O cenário é o mais comum possível. Duas pessoas que, um dia, já foram apaixonadas, mas que caíram em uma cômoda relação que pendeu para apenas um lado, enquanto o outro, com as mãos atadas, fazia o possível para sustentar um amor que jurava existir, mas que havia acabado há muito tempo.

Infelizmente, esse lado era o meu. E confesso que, realmente, eu enxerguei amor até o fim. Pois é difícil, sabe? O amor não nos deixa cegos apenas quando nos faz bem, também é difícil enxergar quando caminhamos para o abismo. Pode ser fácil para quem olha pelo lado de fora. Mas e para quem está confiando no outro até de olhos fechados? E quem só consegue olhar pelo lado de dentro? É aí que o perigo se torna cada vez maior…

A principal característica de uma relação abusiva é a perda generalizada; de espaço, da razão, e, principalmente, da reciprocidade. Aos poucos, você começa a carregar uma culpa por não amar do jeito certo, por não saber mais o que fazer para agradar o outro, por se sentir incapaz de manter o sentimento vivo.

Mas enquanto você dá a vida por esse relacionamento, o outro lado mal sabe que, do lado de cá, também há um coração que queria bater na mesma frequência. E qualquer pessoa que se doa por alguém, espera receber algo em troca; um sentimento qualquer que, mesmo pequeno, a faça ter a certeza de que a entrega esteja valendo a pena. E quando esse sentimento não vem, essa luta já não compensa mais.

O que eu aprendi com o meu relacionamento abusivo é que o amor deve ser recíproco e livre de incertezas, e que por mais fácil que seja confundi-lo com outros sentimentos, no fundo, a gente sempre sabe o tipo de amor que merece.

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