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Reducetarianismo: conheça o novo movimento de alimentação consciente

Vegetais (Foto: Flickr/ Yimeng Shi/ Creative Commons)

Adotar uma dieta vegetariana ou vegana não é simples ou adequado para todos. Justamente por isso, para buscar o equilíbrio nas refeições sem cortar completamente produtos de origem animal, o norte-americano Brian Kateman criou, em 2014, a Reducetarian Foundation. A organização estimula a moderação da ingestão de carnes, peixes, frutos do mar, ovos e laticínios. O termo "reducetariano" vem do inglês "reduce", "reduzir" em português.

Para Kateman, além de tornar a alimentação mais saudável, o reducetarianismo pode ajudar a preservar o meio ambiente. Essa tese é defendida no livro The Reducetarian Solution (A solução reducetariana, em tradução livre) — sem previsão para chegar ao Brasil. A obra, lançada em abril de 2017 nos Estados Unidos, reúne receitas e textos de pesquisadores e formadores de opinião.

“O mega consumo da agropecuária está destruindo o planeta, causando maus tratos aos animais, promovendo mais riscos à saúde humana e contribuindo com a fome mundial”, diz a página oficial da Reducetarian Foundation na internet.

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Cena de vídeo do movimento reducetariano (Foto: Reprodução/YouTube)

 

De acordo com cálculos da organização, se todos os alimentos cultivados fossem direcionados para a alimentação humana em vez de irem, em parte, para alimentação de animais criados para consumo, o abastecimento mundial de comida ficaria 70% maior, o que, segundo o movimento, daria para alimentar quatro bilhões de pessoas mais do que hoje. 

A instituição defende que é melhor fazer restrições à dieta gradativamente do que forçar o vegetarianismo ou veganismo. “Qualquer um que está reduzindo gradualmente a quantidade de produtos de origem animal em sua dieta é um reducetariano”, explica Kateman à GALILEU. “Se você come 90 kg de carne por ano, como a média de uma pessoa em uma nação desenvolvida, e corta 10% disso, você é um reducetariano.”

Segunda sem Carne
No Brasil, o reducetarianismo não é difundido. Mas desde 2009 o país conta com um projeto similar, o Segunda sem Carne. O programa, que também está presente em outros países, busca refeições livres de ingredientes vindos de animais todas as segundas-feiras. “De ‘Segunda Sem Carne’ ao veganismo, somos todos parte do mesmo movimento crescente”, diz Kateman.

Para saber mais sobre o reducetarianismo, assista a uma palestra de Kateman explicando o movimento (em inglês).

* Com supervisão de Giuliana de Toledo.

 

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