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Spotify é acusado de criar artistas falsos para gastar menos com royalties

Três fatos sobre o Spotify:

  1. Royalties são pagos a cada execução de música;
  2. Boa parte das músicas é consumida passivamente por meio de playlists;
  3. O Spotify existe há mais de 10 anos e ainda não gera lucro.

Com isso em mente, o Spotify está sendo acusado de criar artistas “falsos” para colocá-los em playlists populares em detrimento de artistas verdadeiros, consequentemente reduzindo os gastos com pagamento de royalties.

A acusação foi trazida a público recentemente pelo Vulture, mas feita pela primeira vez em 2016 pelo Music Business Worldwide. O veículo afirma que o serviço de streaming contratou produtores para criar músicas com ritmos específicos, normalmente sem vocal. Como os produtores ganham um valor fixo e transferem os direitos autorais para o Spotify, a empresa ficaria desobrigada de gastar com royalties por execução.

Essas músicas supostamente de propriedade do Spotify são incluídas em playlists populares, como Sono Profundo, Peaceful Piano ou Music For Concentration. Os tais artistas por trás das músicas não possuem perfis públicos e têm poucas canções lançadas, mas somam milhões de reproduções devido às inclusões nas playlists próprias promovidas pelo serviço.

O The Guardian aponta que um artista chamado Enno Aare, que não parece existir fora do Spotify, tem quatro músicas de concentração que somam mais de 17 milhões de reproduções. Outro, o Deep Watch, lançou há cinco meses um EP que já chegou a 4,5 milhões de reproduções, mas ele (ou seria uma banda?) não é encontrado em outro lugar que não seja o Spotify, nem tem shows marcados.

O Spotify negou todas as acusações, afirmando que paga os devidos royalties para todas as músicas. “Nós não possuímos direitos autorais, não somos uma gravadora, toda a nossa música é licenciada pelos detentores de direitos autorais e nós os pagamos — não nos pagamos a si mesmos”, disse a empresa.

Spotify é acusado de criar artistas falsos para gastar menos com royalties

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