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A internet pode ser policiada?

 (Foto: Ilustração: Brunna Mancuso)

 

Os três ataques terroristas que ocorreram no Reino Unido nos primeiros meses deste ano levaram o gabinete da primeira--ministra Theresa May a propor uma medida drástica contra as organizações extremistas. O governo deseja instituir uma lei para obrigar empresas de tecnologia, como o Facebook e a Apple, a fornecer informações sobre as mensagens criptografadas trocadas em suas redes sociais.

May afirma que vasculhar os dados de alguns usuários ajudaria a barrar a disseminação de propaganda online promovida pelo Estado Islâmico, organização terrorista que recruta jovens europeus para realizar os ataques.

A proposta de lei é criticada por especialistas. “Quando se abre uma brecha na tecnologia, nada garante que quem a utilizará serão os agentes de polícia. Na verdade, o que ocorre é que se cria uma vulnerabilidade artificial no sistema”, afirma Carlos Affonso, professor da Faculdade de Direito da Uerj e diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS Rio).

“Se o Reino Unido permitir o acesso às mensagens, o que garante que um governo autoritário não utilize esse precedente para controlar seus cidadãos?”, questiona Affonso. Além disso, de acordo com o professor, a medida será inútil, já que os criminosos migrarão para uma plataforma ainda mais difícil de ser acessada pela polícia.

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*Com edição de Thiago Tanji

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