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Subterrâneo de Londres tem quase 1 trilhão de reais em ouro

São Paulo – Quem caminha por Londres, no Reino Unido, não pode imaginar que debaixo dos seus pés esteja uma quantidade inimaginável de ouro. A cidade tem um estoque de exatas 596 mil barras de ouro, que somam 7.449 toneladas. Seu valor é estimado em US$ 298 bilhões – o equivalente a R$ 930 milhões.

O estoque de prata é ainda maior, mas menos valioso: são 1.069.255 barras, que pesam 32.078 toneladas e somam US$ 19 bilhões. Os números se referem ao final de março e foram publicados nesta semana pela London Bullion Market Association (LBMA).

É a primeira vez que isso acontece, com a justificativa de dar “transparência” ao setor. Os números serão publicados mensalmente, mas com um atraso de 3 meses. Não estão incluídas jóias, por exemplo. Cerca de 68% de todo o estoque de ouro da cidade é controlado pelo Bank Of England, o banco central britânico, ainda que não seja de posse direta dele. O banco age como intermediário para outras partes do governo britânico e para outros governos, além de bancos comerciais e cliente.

O resto do ouro é controlado por 7 atores privados, entre eles bancos como o HSBC e o JP Morgan, que estão cadastrados para participar de transações.

Segundo a LBMA, a capital britânica é o maior centro de comercialização de ouro do mundo, com cerca de US$ 18 bilhões movimentados por dia. A título de comparação, a movimentação diária em Xangai, na China, é de apenas US$ 1 bilhão.

Dependendo da necessidade, ouro pode ser trazido para Londres de lugares próximos como a Suíça, que também tem estoques gigantescos, diz a nota oficial assinada por Joni Teves, estrategista de metais preciosos do banco UBS.

Ficar de olho nesses estoques é interessante porque o ouro costuma ser procurado em momentos de maior risco por ser considerado uma reserva de valor. A tendência é que sua demanda aumente em momentos de turbulência (o que sobe o preço) e caia durante a calmaria (o que o deixa mais barato).

O valor do ouro disparou entre a crise de 2008 e setembro de 2011, quando atingiu o patamar elevado onde ficou por cerca de um ano. Entre o final de 2012 e o final de 2015 a trajetória foi de queda, mas no último ano e meio a taxa voltou a subir de patamar, ainda que com muitas flutuações (veja no gráfico).

Conteúdo originalmente publicado em Exame.com

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