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Tudo o que você precisa saber sobre mitologia nórdica

 (Foto: A Luta de Thor Contra os Gigantes, Mårten Eskil Winge)

 

A mitologia nórdica se espalhou pelos países da Escandinávia muitos anos antes dos vikings surgirem, por volta dos séculos 8 e 9. Antes do cristianismo tomar conta do norte da Alemanha e da Islândia, essas crenças influenciaram muito as populações da região — causando impactos até hoje.

Os 9 mundos
As divindades nórdicas eram divididas em dois grupos: os Aesir, guerreiros do céu situados em Asgard (alô, Thor!); e os Vanir, responsáveis pela fertilidade da Terra, que viviam em Vanaheim. Para eles, o universo era dividido em 9 mundos. Além de Aesir, eles poderiam passear por Midgard, a Terra dos humanos, ou em Niflheim, a terra dos mortos.Todas essas divisões eram unidas pela Yggdrasil, ou Árvore do Mundo.

 (Foto: Revista Galileu/Carol Malavolta)

 

Odin, o deus da guerra, da poesia e da sabedoria
Como pai dos deuses, Odin tinha o poder de vigiar todos os nove reinos com seu único olho que brilhava tanto quanto o sol — o que explicava o movimento do astro no céu. Ele tinha uma forte ligação com os mortos e os vencidos em campos de batalha, além de adorar vinho.

Tyr, o deus da guerra
Filho de Odin, Tyr era o deus da guerra e foi responsável por prender o lobo Fenrir, que ameaçava destruir os nove mundos. O animal foi parar em Asgard porque os deuses acreditavam que era necessário vigiá-lo de perto, mas com seu crescimento a situação se descontrolou, de forma que, apenas com a ajuda dos elfos, Tyr conseguiu prender Fenrir para sempre.

Thor, o deus do trovão
Filho mais velho de Odin, Thor possuía um martelo que, quando utilizado, fazia um barulho tão estrondoso que parecia um trovão. Para descobrir qual poder é mais importante (a força física ou a mental), Thor se juntou a Loki, descendente dos gigantes, e mais dois amigos para ir à terra dos gigantes. Lá, o grupo enfrentou uma série de desafios, mas perderam todos. Ao fim da competição, os gigantes contaram que haviam usado truques para vencer e que estavam impressionados com o desempenhos dos jovens. Entende-se assim que a força mental sempre triunfará sobre a física.

Freya, a deusas do amor, da beleza e da sensualidade
Freya é a primeira deusa dos Vanir, filha do deus do mar, Njord, e da giganta Skadi. Ela também é equivalente a sua avó Frig, esposa de Odin. Tinha grande apetite sexual e habilidade com a magia nórdica seidr.

Após sonhar com uma jóia, Freya saiu para buscá-la e encontrou-a no mundo dos anões, onde teve que dormir com cada um deles para obter o que desejava. O que ela não sabia é que estava sendo observada por Loki, que contou tudo para Odin. Esse, por sua vez, encarregou Loki de roubar seu colar. Quando descobriu o furto, Freya ficou furiosa e, para ter o objeto de volta, aceitou a condição imposta por Odin: semear o ódio, a discórdia e a guerra ininterrupta em Midgard — razão para os problemas do mundo dos humanos.

Freyr, o deus da fertilidade
Irmão de Freya, Freyr sentou um dia no trono de Odin, onde pôde ver Gerdr, uma bela gigante, por quem se apaixonou. Com medo de ser descoberto, o deus dos Vanir mandou seu criado viajar e tentar conquistar o coração da moça para o patrão. Gerdr, entretanto, só aceitou se casar com Freyr depois de receber a ameaça de passar fome para sempre e a nunca satisfazer seus desejos.

Hel, a deusa da morte
Loki e a giganta Angrboda eram pais de Hel, a deusa da morte que, de tão aterrorizante, foi expulsa pelos deuses para o submundo. Ela era responsável por julgar as almas que chegavam ao local, além de aplicar punições exemplares nos grandes pecadores. A entrada do Hel, como também era chamado o submundo, era guardada por um cão, que tinha sangue escorrendo de seu rosto, um resquício daqueles que tentaram fugir.

 (Foto: Revista Galileu)

 

Ragnarök
O apocalipse da mitologia nórdica era conhecido como Ragnarök. Seria um momento de pleno caos, em que os mortos sairiam do mundo subterrâneo, uma guerra emergeria e o fogo tomaria conta da Árvore do Mundo. Ao fim, o mundo renasceria sem sofrimento e maldade, e alguns deuses sobreviveriam ou ressurgiriam em corpos diferentes, enquanto outros morreriam. Assim, o reinado de Odin chegaria ao fim.

(Com informações de A história da mitologia para quem tem pressa, de Mark Daniels. Editora Valentina, 196 páginas, R$30.)

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(*Com supervisão de Nathan Fernandes.)

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