Google Street View mapeia as montanhas sagradas de Machu Picchu
Enfrentar o ar rarefeito dos 2,4 mil metros de altitude de Machu Picchu, no Peru, é um bom substituto para o leg press da academia. O trekker peruano Julio Corbacho que o diga. Responsável por carregar o Google Street View Trekker (ou a mundialmente conhecida mochilinha do Google Maps), ele perdeu 10 quilos em seis meses de mapeamento pelos endereços mais inóspitos de seu país. Além dos 18 quilos de equipamento — que acopla uma bateria, um GPS e vinte câmeras que disparam a cada 2,5 segundos —, ele ainda precisa gerenciar os fãs que pedem para tirar selfies.
Das imagens coletadas, apenas as melhores vão para a panorâmica das montanhas sagradas em 360° que está disponível para todos a partir deste mês. Para o gerente de tecnologia Daniel Filip, a empresa já mostrou que é capaz de mudar a forma como interagimos com mapas e está empenhada em aprimorar isso. “Quando as pessoas digitam uma busca normal no Google e não encontram nada, ficam desapontadas. Com o Maps é a mesma coisa. Então, fazemos o possível para oferecer essas respostas e completar nosso trabalho”, afirma. Para o diretor do parque, Fernando Astete, projetos como esse são capazes de despertar ainda mais o interesse dos viajantes.
A mochila do Google não passou apenas pelo Peru. Também é possível reproduzir os passos de Charles Darwin com as tartarugas gigantes de Galápagos, os elefantes no Quênia, os ursos polares do ártico e uma série de lugares. É basicamente um Globo Repórter sem a Glória Maria. Mas algumas das imagens mais impressionantes encontram-se embaixo da água, como os corais de Fernando de Noronha (foto). No Brasil, além da ilha, o trekker esteve no Cristo Redentor e em todos os estádios da Copa do Mundo.
Depois do terremoto e do tsunami que destruíram Fukushima, no Japão, em 2011, as imagens do Street View eram as únicas que as pessoas tinham de suas casas.
Projetos colaborativos, como os do grupo de urbanistas Urb-i, mostram e incentivam transformações feitas nos espaços públicos, como esta no bairro de Madureira, no Rio de Janeiro.
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