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Crianças podem ser a chave de dilema de quase 2 mil anos

 (Foto: Pixabay)

 

Como desenvolvemos conhecimento sobre o que está ao nosso redor?" A pergunta persegue a humanidade há mais de dois milênios — Platão e Aristóteles já tentavam desvendar esse mistério. Para a psicóloga  Alison Gopnik, a resposta está mais perto do que imaginamos: nas crianças.

De acordo com ela, os leigos costumam se basear no que veem, tocam e escutam, o que é problemático, já que seus sentidos podem já estar sugestionados. "Como transformar essa bagunça confusa e insuficiente de informações em objetos concretos e significativos?", questiona Gopnik em entrevista ao Quartz.

A especialista argumenta que os estudos estão sempre voltados para os adultos e suas experiências, e nunca para as crianças que, segundo ela, descobrem muitas coisas no início da vida. "Não parece o que as crianças estão apenas colocando detalhes em uma hipótese que elas já conheciam, mas que realmente estão aprendendo sobre o mundo", explica. "Também parece que elas têm conhecimento abstrato sobre o mundo desde o momento em que nasceram, ou pelo menos desde quando eram muito pequenos."

Gopnik também descobriu que crianças de 18 meses já entendem que as pessoas são diferentes, além de mudarem suas atitudes de acordo com suas experiências. A nova ideia é que os pequenos agem como cientistas: criam hipóteses e as ajustam de acordo com o que vivenciam.

A questão que fica é como essas teorias são criadas em mentes tão jovens. Há a ideia de que talvez as crianças nasçam com algum conhecimento abstrato básico e confiem na experiência para testar uma grande quantidade de teorias e construir conhecimento de outros conceitos abstratos (embora, é claro, não se saiba quais conceitos são eles).

A especialista acredita que a teorias com crianças foram negligenciadas por fazerem parte do "universo feminino" (maternidade, por exemplo), que já é um tanto quanto esquecido nos estudos. 

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