5 livros para conhecer Kazuo Ishiguro, vencedor do Nobel de Literatura 2017
Apesar de ser considerado um dos autores vivos de língua inglesa mais importante, o nipo-britânico Kazuo Ishiguro não era favorito ao Prêmio Nobel de Literatura. Nos bancos de aposta, os nomes mais frequentes eram os do queniano Ngũgĩ wa Thiong'o, o do japonês Haruki Murakami e o da canadense Margaret Atwood — autora de O Conto da Aia.
Mas, assim como Bob Dylan que foi premiado em 2016, Ishiguro surpreendeu: acabou levando o prêmio de 2017 e as 9 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 3,5 milhões).
Segundo a Academia Sueca, responsável pelo Nobel, Ishiguro recebeu a honraria porque "em seus romances de grande força emocional, revelou o abismo sob nossa sensação ilusória de conexão com o mundo".
Citando Marcel Proust, a secretária-permanente da Academia Sueca, Sara Danius, afirmou: "Ele é um pouco como uma mistura de Jane Austen, comédia de costumes e Franz Kafka. Se você misturar isso um pouco, não muito, você tem a essência de Ishiguro".
Fique por dentro do trabalho do autor (no Brasil publicado pela editora Companhia das Letras):
Os Vestígios do Dia
Neste romance vencedor do Man Booker Prize, de 1989, e estrelado no cinema por Anthony Hopkins, o narrador-protagonista reflete sobre o papel dos mordomos na história da Inglaterra. Depois de trabalhar durante anos na mansão de um lord, ele sai em viagem relembrando momentos da trajetória do ex-patrão, que simpatizava com o nazismo, e rememora suas próprias paixões.
Não me Abandone Jamais
Nesta ficção científica sutil e melancólica, Kathy relembra os anos em que viveu em um orfato no qual todos os "alunos" eram clones, produzidos para servir como peças de reposição. Em 2010, a obra ganhou uma adaptação homônima para o cinema, que conta com Carey Mulligan e Andrew Garfield, em um de seus primeiros papeis de destaque.
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Quando Éramos Órfãos
Usando um humor fino, o autor narra a história de um garoto inglês nascido em Xangai à procura de respostas para o sumiço dos pais, que desapareceram quando ele tinha nove anos. Em uma China que vive uma guerra sangrenta com o Japão, Christopher Banks acaba perseguindo também uma ordem para o mundo em que vive.
O Gigante Enterrado
Uma das justificativas usadas pela comissão do Nobel para a escolha de Ishiguro foi sua capacidade de se reinventar. Evenderedando pelo lado da fantasia e se aproximando de autores como George R. R. Martin e Tolkien, o romance é prova disso. Na história, os personagens precisam lidar com as indefinições do amor e uma misteriosa névoa do esquecimento.
Norturnos: Histórias de Música e Anoitecer
Afastando-se dos romances, na coleção de contos, Ishiguro se rende a narrativas leves e bem humoradas sonbre instrumentistas e amantes da música, de diversas partes do mundo. E traz histórias como as do saxofonista que decide fazer uma plástica para ganhar mais reconhecimento.
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