Academia do Oscar considera casos de assédio repugnantes e convoca reunião de emergência
Após a série de denúncias de assédio sexual contra o produtor Harvey Weinstein, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, organização responsável pelo Oscar, divulgou uma declaração, chamando o comportamento do produtor de repugnante, e convocando uma reunião de emergência sobre o problema, segundo informações do The Hollywood Reporter.
“A Academia considera que a conduta descrita nas alegações contra Harvey Weinstein é repugnante, abominável e antitética aos altos padrões da Academia e à comunidade criativa que representa. O Conselho de Governadores realizará uma reunião especial no sábado, 14 de outubro, para discutir as alegações contra Weinstein e quaisquer ações garantidas pela Academia”, afirmou a Academia do Oscar em um comunicado.
Weinstein é membro da Academia há mais de 20 anos e tem grande influência no Oscar. As duas empresas que ele fundou, Miramax e The Weinstein Company, venceram o prêmio de melhor filme cinco vezes, por “O Paciente Inglês”, “Shakespeare Apaixonado”, “Chicago”, “O Discurso do Rei”, e “O Artista”. O próprio Weinstein ganhou uma estatueta, como produtor de “Shakespeare Apaixonado”, e foi indicado a outra por “Gangues de Nova York”.
Um número crescente de pessoas, tanto dentro como fora da comunidade de Hollywood, começaram a pedir à Academia para revogar o título de membro de Weinstein. Enquanto isso, a Organização Nacional das Mulheres atualmente está reunindo assinaturas pedindo a expulsão de Weinstein. O BAFTA, a Academia Britânica de Artes de Cinema e Televisão, o equivalente britânico de um Oscar, suspendeu a participação de Weinstein na quarta-feira.
Diversas atrizes, como Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow, revelaram que já foram assediadas pelo produtor.
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