Antitranspirante: o que você precisa saber sobre eles
Vem chegando o verão, um calor no coração — e no ônibus, no metrô, na praia… Não dá para escapar dos desodorantes, que prometem dar uma aliviada no popular ce-cê, o cheiro de suor concentrado sob as axilas. É que por ali há grande concentração de bactérias, que ficam de olho na secreção das glândulas sudoríparas, um suor rico em lipídios e proteínas. É um banquete para essas bactérias, que são malcheirosas por natureza. E é daí que vem o “perfume” de cebola, queijo ou chulé com que você pode estar (convém dar aquela conferida discreta).
Os desodorantes perfumados só disfarçam o problema — e é aí que entram os cada vez mais procurados antitranspirantes, que são capazes de reduzir a produção de suor. Por conta dessa propriedade, frequentemente surge a suspeita de que eles poderiam ser cancerígenos, mas não há pesquisas conclusivas que corroborem a hipótese, segundo a Anvisa.
O componente que mais preocupa os usuários é o alumínio. Os seus derivados já eram usados em desodorantes desde 1902, com a função de criar uma espécie de “tampão”, bloqueando a saída do suor. No início, era usado cloreto de alumínio (AlCl3), um componente extremamente irritante à pele e que causava danos até mesmo às roupas. Porém, a partir da metade do século 20, ele foi aos poucos sendo substituído por outros derivados, como o cloridróxido de alumínio, que até hoje faz parte da composição.
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Propilenoglicol
É um auxiliar de formulação, responsável por umedecer e hidratar a pele. É usado também em lubrificantes íntimos e para resfriar computadores
Triclosan
O triclosan é um bactericida utilizado comumente em desodorantes porque controla bem o odor corporal
Cloridróxido de Alumínio
É o elemento responsável por criar uma barreira que restringe a liberação de suor pelo corpo, formando uma espécie de “tampão” nas glândulas sudoríparas
Parabenos
Atuam como conservantes em vários cosméticos — entre eles, o antitranspirante. Possuem um alto espectro de ação contra fungos, bactérias e leveduras
Água
Dissolve os outros componentes e “carrega-os” até as suas axilas quando o antitranspirante é borrifado
Etanol
O álcool etílico é usado como antisséptico, mas em quantidades extremamente limitadas
Hidroxetilcelulose
É o responsável por deixar os antitranspirantes do tipo roll-on mais espessos
*Com reportagem de Cartola Agência de Conteúdo
Fonte: Dr. Moysés Lemos, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, e Silvia S. Guterres, professora da UFRGS.
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