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Mulheres organizam maratonas de edição da Wikipédia

 (Foto: Ilustração: Leandro Lassmar)

 

A discussão sobre sexismo voltou à pauta das empresas de tecnologia recentemente, após um engenheiro do Google apresentar uma carta argumentando que a ausência de mulheres nos altos cargos de tecnologia ocorre por “diferenças biológicas” entre os sexos. No Google, apenas 25% dos cargos de liderança são ocupados por pessoas do sexo feminino.

Essa realidade, porém, não se aplica só à gigante de tecnologia. Dados da Wikimedia Foundation indicam que somente 8,5% dos editores da Wikipédia são mulheres, segundo levantamento de 2011, o mais recente sobre esse tema. Pior: transgêneros produzem menos de 1% dos artigos.

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Um estudo da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, mostra que o resultado dessa pouca diversidade é refletido nos artigos do site. Tópicos geralmente ligados ao sexo feminino são mais curtos e superficiais. Além disso, textos sobre artistas mulheres, por exemplo, estão menos presentes na enciclopédia online.

Por isso, grupos feministas como o Art+Feminism estão desenvolvendo projetos para diversificar a produção. Só nos últimos três anos, a organização realizou mais de 280 eventos que oferecem oficinas e estimulam a edição dos artigos, com foco em “todos aqueles que estiverem interessados”. A proposta está dando certo: neste ano, cerca de 6,5 mil textos foram incluídos no site por pessoas que participaram dos cursos, quase o dobro de 2016.

*Com edição de Thiago Tanji

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