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6 mitos sobre o cérebro nos quais você precisa parar de acreditar

Cérebro (Foto: Pixabay/ sbtlneet/ Creative Commons)

 

Diversos pesquisadores já buscaram entender o funcionamento da mente e do cérebro. Por serem tão complexos, alguns conhecimentos são baseados em crenças e não passam de mitos. 

Por isso, selecionamos seis lendas sobre o que acontece na sua cabeça. Confira: 

Aquele 90% é vagabundo? 
A história de que só usamos 10% do cérebro pode ter surgido com o estudo The Energies of Men (1908), de William James, no qual ele aponta que usamos uma pequena parte da capacidade do cérebro — mas sem definir a porcentagem.

Outra hipótese para a crença é a falta de conhecimento da neurociência. Os neurônios da massa cinzenta, que representam uma a cada dez células cerebrais, são responsáveis pelo processamento do cérebro. Já as células gliais, da massa branca, dão suporte e nutrição aos neurônios.

Cientistas provaram que não é possível aproveitar as células gliais para desempenharem as mesmas funções dos neurônios. Ou seja, você já está usando 100% da capacidade do seu cérebro. 

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Aprender outro idioma dormindo 
Não há nenhuma pesquisa ou experimento que confirme a tese de que podemos aprender outra língua apenas escutando um CD enquanto dormimos. 

Em 2014, Thomas Schreiner e Björn Rasch mostraram que ensinar um idioma durante um movimento ocular mais lento, ou ao despertar, pode melhorar a capacidade de memorizar as novas palavras — mas não significa que você vai sair fluente. 

Mozart deixa as crianças mais inteligentes 
Um artigo publicado pela Universidade da Califórnia, nos EUA, em 1991 criou o termo "efeito Mozart". No estudo, 36 estudantes tiveram que realizar uma atividade mental: os jovens que ouviram o compositor durante dez minutos antes do teste registraram as melhores performances. 

A partir disso, surgiram diversos produtos para o público infantil com trechos de Mozart, indicando que escutá-lo poderia melhorar a inteligência dos pequenos. 

Em 2010, foram analisadas várias pesquisas sobre a relação entre música e conhecimento. Nenhuma delas comprovou o "efeito Mozart". 

Mozart (Foto: Deutsch, Otto Erich (1965) Mozart: A Documentary Biography. Stanford: Stanford University Press/ Wikimedia Commons)

 

Deixe a esquerda livre
Os hemisférios do cérebro são responsáveis por atividades diferentes, mas não quer dizer que eles que interferem na sua personalidade. A língua que você fala, por exemplo, é controlada pelo lado esquerdo, enquanto a voz é moldada pelo lado direito. 

Estudo da Universidade de Utah examinou 7.266 regiões do cérebro em mais de mil pessoas, enquanto elas executavam pequenas tarefas. O diagnóstico não comprovou que os participantes usaram com mais potência o lado esquerdo ou direito. 

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Álcool aniqula células do cérebro 
Em 1993, Grethe Jensen analisou neurônios de pessoas que consumiam bebidas álcoolicas e que não bebiam. Os resultados não indicaram diferenças no número ou densidade de células cerebrais. 

Ou seja, o álcool não mata suas células e beber está liberado — desde que seja com responsabilidade e moderação. 

Dano cerebral é eterno 
Dependendo da lesão, o cérebro consegue se recuperar. Uma concussão, por exemplo, pode até interromper algumas funções do órgão, mas temporiamente. Caso não haja traumatismo posterior na cabeça, é possível se recuperar totalmente. 

Além disso, o cérebro pode se adaptar a lesões mais graves no processo conhecido como neuroplasticidade. Nessa situação, o órgão redireciona suas funções desativadas por condições mais sérias. 

(Com informações de BBC)

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