7 cientistas que se transformaram em cobaias pelo bem da humanidade
Todos os dias cientistas e pesquisadores gastam seu tempo tentando resolver e esclarecer alguns dos questionamentos mais controversos atualmente e alguns do passado. O fato é que a ciência pode ser um campo bastante frustrante.
Quando falamos de inovação, geralmente se tem um preço para pagar. Não existe forma de esperar avanços sem qualquer tipo de sacrifício. Para nossa sorte, sempre houve pessoas dispostas a pagar por esse preço pelo bem da humanidade e muitas delas são cientistas. Bom, nós da Fatos Desconhecidos trouxemos para nossos leitores 7 cientistas que se transformaram em cobaias pelo bem da humanidade. Confira:
1 – John Scott Haldane
John Scott Haldane estudou detalhadamente a fisiologia da respiração. Ele conseguiu descobrir vários efeitos que gases perigosos tinham sobre o corpo e a mente, muitas vezes experimentando em si mesmo. Em 1893, ele se trancou em uma caixa hermética e permaneceu lá dentro por oito horas, usufruindo do mesmo ar. Tudo isso para anotar os efeitos que aquilo tinha sobre ele. Haldane concluiu que a desoxigenação do sangue aumenta a sua capacidade de transportar dióxido de carbono, uma propriedade conhecida hoje como “Efeito Haldane”.
2 – David Pritchard
Enquanto estava em Papua Nova Guiné a trabalho, o Dr. David Pritchard notou que o parasita Necator americanus, era um problema para a população, mas tinha alguns efeitos colaterais positivos e inesperados. Pacientes infectados eram menos propensos a ter problemas com doenças autoimunes, especialmente asma e febre do feno.
Ao retornar para casa na Universidade de Nottingham, o médico estava ansioso para testar a sua teoria de que havia uma estranha conexão entre os dois fatores. Mas havia um grande problema, o parasita era bastante perigoso. Ele se usou como cobaia e se infectou com 50 parasitas para desenvolver uma técnica de teste segura em condições de laboratório. Ele chegou à conclusão de que os participantes deveriam ser infectados com apenas 10 parasitas para render bons resultados sem colocá-los em perigo.
3 – Moran Campbell
O Dr. Moran Campbell era o líder na pesquisa de problemas respiratórios. Lá ele fazia vários estudos dos aspectos da respiração. Suas experiências em dispneia são as mais interessantes. Assim, foi criado um experimento para testar seus próprios músculos respiratórios sob cenários extremos. De início, paralisou todo o seu corpo, menos o seu antebraço, usando curare, uma toxina perigosa. Dessa forma, ele não seria capaz de controlar seus movimentos do corpo, mas estaria completamente acordado durante todo o experimento. Depois disso, se ligou a um respirador, uma vez que era incapaz de respirar por conta própria, mas eventualmente o desligou, para saber como seu organismo reagiria a um lento sufocamento.
4 – Horace Wells
Horace Wells, foi um dos primeiros dentistas a introduzir o uso de anestesia na odontologia. Especificamente, ele foi o pioneiro no uso do óxido nitroso, conhecido popularmente como ‘gás hilariante’. O produto era usado como um analgésico durante extrações de dentes. Para testar tudo isso, ele extraiu um de seus próprios dentes. O processo se revelou bem sucedido.
5 – Maurizio Montalbini
O ser humano é ativo durante o dia, e faz seu descanso à noite. O nosso relógio biológico se baseia em um prazo de 24 horas, graças a alguns estímulos externos. Mas já se perguntou o que aconteceria se não existissem esses sinais externos? O sociólogo Maurizio Montalbini se fez essa pergunta.
Para isso ele teve que ficar completamente isolado. Viveu em uma caverna sozinho por alguns meses. Montalbini passou sete meses nas Cavernas de Frasassi, quebrando o recorde mundial de isolamento completo. Ele consegui mostrar que o corpo humano e a mente podem mudar muito quando não há fatores externos.
6 – Lazzaro Spallanzani
Lazzaro Spallanzani, biólogo italiano do século 18, estudou uma grande variedade de tópicos, incluindo ecolocalização e biogênese. Até a sua pesquisa, acreditava-se que a digestão era um processo puramente mecânico chamado trituração. Ele conseguiu mostrar que existia uma reação química envolvida. Ele basicamente mostrou pela primeira vez o processo realizado pelo suco gástrico no estômago. Para chegar nessa conclusão ele engolia amostras embrulhadas em sacos de linho ou tubos mágicos e as regurgitava depois de um tempo.
7 – Donald Unger
Donald Unger, assim como muitos de nós, foi repreendido pela mãe por estalar seus dedos. Ela o avisava que isso causaria artrite. Quando finalmente cresceu, pode comprovar se isso era verdade ou não. A partir disso, todos os dias, ele estalou apenas os dedos da mão esquerda. Ele queria ver se haveria alguma diferença entre as mãos. O experimento durou 60 anos. Depois de seis décadas, quando seu experimentos chegou ao fim, Unger fez raios-X de suas mãos e não existia nenhuma diferença significativa entre elas.
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