Ads Top

NASA reconhece estudantes paulistas que projetaram moradia lunar

Equipe da Facens recebeu certificado pela participação no programa SEE, da NASA (Foto: Divulgação)

Pelo segundo ano consecutivo, estudantes de engenharia do interior de São Paulo participaram com louvor de um programa internacional promovido pela NASA. Em evento realizado na Facens, em Sorocaba, doze alunos receberam certificados do presidente da Câmara de Comércio Brasil-Flórida, Jefferson Michaelis, pela participação no projeto SEE. Foi Michaelis quem fez a ponte da faculdade com a agência.

“Já está virando uma tradição, estamos felizes da vida”, conta a professora Andréa Braga, coordenadora do grupo. A iniciativa mobilizou equipes de oito países com o objetivo de estimular a comunidade acadêmica para que se envolva na resolução de problemas reais da exploração espacial — e ajude a projetar missões melhores no futuro.

Os alunos da Facens aprimoraram o projeto de habitat lunar que já haviam desenvolvido em 2016, quando o tema oficial da missão era fazer a captura de um asteroide. “Nosso habitat lunar era bem pequenininho, coisa de um cômodo só”, explica Braga, que também coordena dois cursos na Facens.

Casa na Lua
Como o grupo já estava familiarizado com o tema, deram a sorte de pegar uma das partes mais centrais do programa deste ano, cujo objetivo era justamente a elaboração de uma colônia lunar completa. “Tivemos prioridade em ficar com a casa — uma das coisas mais importantes em uma colônia”, afirma Braga.

A moradia na Lua tem forma de iglu e quatro módulos, totalizando cerca de 160 m². Pode abrigar até 16 astronautas, quatro em cada módulo. Os estudantes foram criativos e tiveram de pensar em cada detalhe: além dos dormitórios, o habitat contém banheiro, cozinha, dispensa, área de serviço, academia, sala de jogos e laboratório.

Leia também:
+ China planeja construir colônia na Lua povoada com robôs
+ Nasa ativa motor de espaçonave a 20 bilhões de quilômetros da Terra
+ Buraco negro dos primórdios do Universo foi descoberto por cientistas

Diante do grande desafio que é fazer tudo isso funcionar em microgravidade, os jovens tiveram de realizar uma série de pesquisas para desenvolver o projeto. O time da Facens se saiu tão bem que foi escolhido como tutor de uma equipe da Bulgária. “Vamos confessar, brasileiro é esforçado, temos muito mais jogo de cintura que os estrangeiros, é impressionante”, diz Braga. Entre os envolvidos, seus alunos são os únicos que ainda cursam graduação — todos os outros são de doutorado.

O céu não é o limite
O envolvimento no programa da NASA está rendendo frutos: o interesse dos estudantes de diversos cursos é cada vez maior. Braga já recebeu 40 inscrições para o ano que vem, com início em janeiro, cujo tema ela aposta que terá a ver com Marte. “Agora vou ter de fazer uma seleção acirrada, não posso por tudo isso de aluno”, conta.

Além de apresentarem seus trabalhos nos Estados Unidos, em setembro a equipe também foi convidada para falar em um congresso na Itália, que lhes rendeu a primeira publicação internacional.

“Cria uma sinergia muito grande, motivação para aprender mais, desperta a curiosidade do aluno e cria um networking, uma rede muito legal de contatos e de troca de experiências”, afirma Braga, que está animada com a possibilidade de, em 2019, o encontro anual dos grupos internacionais ser realizado aqui no Brasil, na Facens.

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.