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Record nao assusta mais a Globo


Por inclinações ideológicas que acentuam o valor semântico do adjetivo "tacanho", algumas pessoas passaram a defender o igrejismo-universalista-televisivo da Rede Record contra a TV Globo, inclusive apostando e - pasmem... - comemorando o que seria a "queda do império".

Mas as notícias sobre tal fato foram um tanto exageradas, como notícia de hoje na Folha, de Daniel Castro, em sua coluna Outro Canal (leiam abaixo):

"Record estaciona e já não assusta a Globo - A Record deixou de ser o monstro que no primeiro semestre roubava o sono dos executivos da Globo. A rede de Edir Macedo parou de crescer no Ibope. Na Globo, a avaliação é a de que a concorrente perdeu o fôlego para tentar disputar a liderança. Sua preocupação agora é manter o segundo lugar, ainda não consolidado. Tanto que deixou de lado o slogan "A Caminho da Liderança". A Record registrou um crescimento impressionante nos últimos anos. Em janeiro de 2006, tinha média diária (das 7h à 0h) de 5,3 pontos na Grande São Paulo, contra 7,7 do SBT e 20,7 da Globo. Em 2007, fechou com 7,2 pontos, um crescimento de 18% sobre 2006, e deixou o SBT (6,4) para trás. No início de 2008, seu crescimento foi espetacular. Em abril, impulsionada pelo caso Isabella, atingiu média de 9,8 pontos, 11,4% a mais do que no mês anterior. Sua distância para o SBT era de 3,8 pontos. Para a Globo (18,4), era de 8,6, quase metade da do início de 2006. Em julho, a escalada da Record sofreu um baque. Sua média caiu para 8,4 pontos, 12,5% a menos do que em junho. Em agosto, nova queda, de 9,5%. Em dois meses, perdeu tudo o que ganhara em um ano. Em setembro e outubro, voltou a crescer, mas em ritmo mais moderado. Neste mês, no acumulado até o dia 25, está com 7,9 pontos, apenas 1,5 a mais do que o SBT. A Globo (16,4) continua distante, 8,5 pontos acima." (grifos nossos)





Pois é... Não há máximas nem mínimas que darão jeito nesses fatos, não é? Houve tempos macabros em que os mesmos semoventes da pedra (e idéia) lascada defendiam a IURD nos processos de censura contra a imprensa, tudo por ódio a este ou aquele veículo de comunicação.

Outros, espertamente, permaneciam calados - como se calam quando há questões espinhosas envolvendo quem lhes paga o "de comer". E ainda tripudiam de quem faz o mesmo lá do outro lado da trincheira, como se fosse demérito do adversário respeitar o próprio patrão. O único diferencial é que o desafeto tem um emprego registrado, e não pagamentos tortuosos e indiretos.

Mas vamos em frente...

A Record pode até passar a TV Globo, mas não será tão cedo. Precisa, primeiro, consolidar a vice-liderança, agora ameaçada pelo SBT e, se bobear, talvez pela Bandeirantes ou RedeTV.

Isso faz lembrar aqueles 'outdoors' da emissora do Sílvio Santos, espalhados há anos em São Paulo, e que faziam parte de uma campanha grandiosa, por meio da qual tentavam divulgar a idéia de estar a um passo da liderança. A Record, mais auspiciosa, foi além: publicou anúncios nos jornais fazendo troça da concorrente.

Agora, vejam só!, aí estão os números.

Há duas opções: a) fazer um bom trabalho e angariar audiência; ou b) chamar algum intelectual petista para dizer que a audiência é conservadora e elitista, de modo que não está preparada para a nova televisão bolivariana e revolucionária.

Vai de gosto...


Revisão: Hellen Guareschi

Fonte: Folha, Interney

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