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Cientistas detectam ponte magnética gigante que liga duas galáxias

 (Foto: ESA/Planck)

 

Os cientistas conseguiram, pela primeira vez, detectar o campo magnético da chamada Ponte de Magalhães, uma ligação feita de gás neutro e estrelas que une a Pequena e a Grande Nuvem de Magalhães (duas galáxias) por uma extensão de 75 mil anos-luz.

Apesar de já saberem há algum tempo que estava ali, os cientistas sabiam muito pouco sobre o campo magnético formado por ela. Agora, os pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, descobriram que o campo possui um milionésimo da força do escudo magnético do nosso planeta.

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Observar os efeitos do magnetismo cósmico é uma tarefa difícil, já que é preciso fazer isso de forma completamente indireta, analisando seus efeitos em outras estruturas do Universo. No caso deste estudo, publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, foram utilizados os sinais de rádio emitidos por outras galáxias.

Os pontos mais brilhantes representam a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães (Foto: ESO/J. Colosimo)

 

Para fazer isso, os pesquisadores examinaram as alterações na faixa de vibração das ondas radiais, o que lhes permitiu verificar a força e a polaridade do campo magnético que serviu como obstáculo.

Os especialistas ainda não entendem muito bem como o campo magnético da Ponte de Magalhães surgiu. Alguns acreditam que a estrutura feita de gases e estrelas foi a responsável por criá-lo, ou então que ele saiu das duas nuvens de Magalhães.

A descoberta abre caminho para um dos maiores pontos cegos da astronomia no momento: como as forças de magnetismo afetam o desenvolvimento galáctico. “Em geral, não sabemos como esses campos magnéticos são gerados, nem como tais campos de grande escala afetam a formação e evolução das galáxias”, explica Jane Kaczmarek, da Universidade de Sydney, uma das participantes do projeto ao ScienceAlert.

 

 

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