Cientistas fazem com que animais diferentes se comportem do mesmo jeito
Pesquisadores do Instituto de Neurociência da Universidade do Estado de Geórgia conseguiram modificar os padrões cerebrais de duas espécies diferentes de animais para fazê-las comportarem-se do mesmo modo. O grupo utilizou duas variações dos moluscos nudibrânquios para o experimento, o Melibe leonina e o Dendronotus iris.
Baseando-se em um estudo anterior, os cientisas sabiam que as duas espécies possuíam basicamente o mesmo sistema nervoso e jeito de movimentar-se pela água, mas não o mesmo circuito neurológico para completar a tarefa.
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Utilizando uma erva tóxica capaz de bloquear o funcionamento de certos neurônios, o grupo de biólogos conseguiu inibir o padrão neural utilizado naturalmente pelos moluscos para nadar. Depois, com a ajuda de eletrodos implantados, eles conseguiram estimular o circuito neurológico da outra espécie em seus cérebros, fazendo-os movimentarem-se da mesma forma.
O estudo, publicado no periódico Journal of Neurophysiology, vem para confirmar a ideia de que o cérebro não precisa desenvolver uma nova estrutura anatômica para cada tarefa necessária à sobrevivência. Se algum comportamento é importante, o cérebro é capaz de desenvolver novos padrões neurológicos para mantê-lo.
O objetivo agora é entender o porquê do M. leonina e do D. iris utilizarem neurônios diferentes para realizarem a mesma tarefa. Uma das teorias é de que uma sobrecarga de funções possa ter alterado o circuito original em algum dos moluscos. A outra é de que, essencialmente, não há diferença entre um padrão e outro, ocorrendo apenas variações neurológicas nos animais.
(com informações de ScienceAlert)
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