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Cientistas fazem com que animais diferentes se comportem do mesmo jeito

Uma das várias espécies de nudibrânquios, a Berghia coerulescens (Foto: Wikimedia commons/Parent Géry)

 

Pesquisadores do Instituto de Neurociência da Universidade do Estado de Geórgia conseguiram modificar os padrões cerebrais de duas espécies diferentes de animais para fazê-las comportarem-se do mesmo modo. O grupo utilizou duas variações dos moluscos nudibrânquios para o experimento, o Melibe leonina e o Dendronotus iris.

Baseando-se em um estudo anterior, os cientisas sabiam que as duas espécies possuíam basicamente o mesmo sistema nervoso e jeito de movimentar-se pela água, mas não o mesmo circuito neurológico para completar a tarefa.

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Utilizando uma erva tóxica capaz de bloquear o funcionamento de certos neurônios, o grupo de biólogos conseguiu inibir o padrão neural utilizado naturalmente pelos moluscos para nadar. Depois, com a ajuda de eletrodos implantados, eles conseguiram estimular o circuito neurológico da outra espécie em seus cérebros, fazendo-os movimentarem-se da mesma forma.

O estudo, publicado no periódico Journal of Neurophysiology, vem para confirmar a ideia de que o cérebro não precisa desenvolver uma nova estrutura anatômica para cada tarefa necessária à sobrevivência. Se algum comportamento é importante, o cérebro é capaz de desenvolver novos padrões neurológicos para mantê-lo.

O objetivo agora é entender o porquê do M. leonina e do D. iris utilizarem neurônios diferentes para realizarem a mesma tarefa. Uma das teorias é de que uma sobrecarga de funções possa ter alterado o circuito original em algum dos moluscos. A outra é de que, essencialmente, não há diferença entre um padrão e outro, ocorrendo apenas variações neurológicas nos animais.

(com informações de ScienceAlert)

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