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5 fatos perturbadores sobre a Idade Média

Testículos de porco eram usados para 'curar' infertilidade na Idade Média (Foto: Wikimedia Commons/ The book of days: a miscellany of popular antiquities)

 

A Idade Média não era tão gloriosa e heróica quanto aprendemos na escola ou vemos em filmes. 

Numa época em que a sociedade não possuia a tecnologia como hoje, realizar atividades médicas, como extrair dentes e diagnosticar a infertilidade, eram feitas de forma bem precária. 

Além disso, a sociedade tinha outros princípios e atitudes que, mesmo considerando o anacronismo, parecem absurdas, como o caso do assassinato de crianças no 'Jantar Negro', que aconteceu na Escócia em 1440. 

Listamos alguns fatos que mostram como os medievais podiam ser cruéis e assustadores. Confira:

1. Sem anestesia
A Igreja Católica limitava o acesso do estudo da medicina aos medievais. Por isso, muitos barbeiros eram encarregados de fazer cirurgias e extração de dentes sem anestesia e higiene.

Os 'cirurgiões' tinham que improvisar para amenizar a dor dos pacientes, e lhes davam bebidas alcoólicas antes dos procedimentos. O pós-operatório também não era nada tranquilo: até o século 16, as feridas eram tratadas com óleo quente.

2. Esterilidade masculina 
Por um tempo na Inglaterra medieval a infertilidade era atribuída apenas às mulheres. Os únicos homens considerados inférteis eram aqueles que tiveram problemas de disfunção sexual ou os que tiveram suas genitálias removidas.

Mas historiadores da Universidade de Exeter, no Reino Unido, realizaram uma análise em livros médicos e religiosos do século 13 e encontram nos textos o reconhecimento da infertilidade masculina. 

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Uma prova é o Trotula, um tratado ginecológico que circulou na Europa e foi traduzido para o francês e inglês. Nele estava escrito que a “concepção é impedida tanto pela culpa do homem quanto da mulher”. O documento também apontou que os problemas estavam relacionados não só quanto a esterilidade, mas também aos problemas de ereção e emissão de esperma.

No Trotula, havia um teste para detectar o problema na mulher ou homem, que também apareceu em outros textos medievais. Ambos deveriam urinar num vaso ou panela com farelo, e a substância deveria ser reservada durante nove ou dez dias. Se vermes aparecem em um dos recipientes, seria possível identificar quem era infértil.

O livro The Liber de Diversis Medicinis (livro da medicina diversa, em tradução livre), havia uma maneira bem peculiar para melhorar a fertilidade do gênero masculino. “Se um homem deseja que a mulher conceda um filho, ele deve tomar nêveda fervida em vinho até que ela seja reduzida a um terço do volume original, e então beber o líquido com o estômago vazio de três dias." 

Outro livro, que está na Wellcome Library, em Londres, afirmava que para interromper a infertilidade a pessoa deveria “tomar testículos de porco, secos e moídos, com vinho durante três dias”. O que não está claro na obra é se a receita era para homens ou mulheres — ou ambos.

3. Banquete mortal
Em 1440, um acontecimento foi tão cruel quanto o Casamento Vermelho, de Game of Thrones. Supostos guardas do rei James II, de dez anos, chamaram o jovem William Douglas para um jantar. Douglas, que tinha 16 anos, era líder de um importante clã escocês e foi acompanhado do seu irmão mais novo ao evento. 

No final do banquete, os guardiões colocaram uma cabeça de touro negro na mesa. O artigo representava morte e massacre na Idade Média. Percebendo o que estava por vir, o rei implorou para viver, mas ele e Douglas foram decapitados, no que ficou conhecido como 'Jantar Negro'. 

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4. "Pior do que cobra cascavel"
O trecho acima, da canção Erva Venenosa, de Rita Lee, ilustra bem o que Giulia Tofana fazia para 'livrar' mulheres de seus casamentos problemáticos. A italiana criou a 'Aqua Tofana', um veneno que era vendido para aniquilar maridos abusivos

A receita continha arsênico, chumbo e beladona (uma planta venenosa), e era camuflada em maquiagens em pó ou dentro de imagens de santos. Sem gosto, a substância era facilmente manipulada e acredita-se que tenha matado 600 homens entre 1633 e 1651. 

Tofana foi descoberta após uma cliente se arrepender de adquirir o produto e contar tudo para o marido antes de envenená-lo. A italiana foi julgada e executada com sua filha e funcionários. 

5. Convento rígido
No ano de 2015, foram encontradas 92 ossadas num território que era Littlemore Priory, um convento fundado em Oxford em 1100. Em determinado túmulo, havia o esqueleto de um bebê recém-nascido e uma mulher com o rosto virado para baixo. 

Pesquisadores acreditam que isso representa que ela seja uma das 'freiras pecadoras' denunciadas quando o local foi fechado. 

Katherine Wells, última madre superiora do convento, foi expulsa depois de dar a luz a filha. A especulação é que a neném era fruto de uma relação com um padre. Além disso, há registros de uma outra feira, em 1517, que teria tido um filho com um homem casado. 

Com a descoberta, historiadores afirmaram que o ambiente do convento era severo, sendo que as freiras que não seguiam as regras eram espancadas. 

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