Casar aumenta as chances de sobreviver a um infarto
O amor faz seu coração bater mais rápido. Mas faz algo ainda mais importante: mantém ele batendo por mais tempo. Uma pesquisa com 925 mil adultos revelou que pessoas casadas têm 14% mais chances de sobreviver a um infarto do miocárdio. As vantagens terapêuticas da aliança não param por aí: a vida conjugal também aumenta suas chances de escapar com vida de problemas de saúde decorrentes do diabetes (14%), da pressão alta (10%) e do colesterol alto (16%). Os dados foram coletados dos prontuários de pacientes que deram entrada em hospitais da Inglaterra entre 2000 e 2013.
“O casamento oferece apoio físico e emocional de várias formas. Encoraja os pacientes a viverem estilos de vida mais saudáveis, os ajuda a lidar com o problema de saúde e faz com que eles sigam o tratamento corretamente”, afirmou em comunicado Paul Carter, médico responsável pelo estudo. Os resultados foram apresentados em um congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (ECS) na última segunda (29), em Barcelona, na Espanha.
A proteção conferida pela vida a dois é uma velha conhecida da medicina – afinal, é sempre bom ter alguém de olho em você –, mas é a primeira vez que um estudo com quase um milhão de participantes dá apoio numérico para a afirmação. O estudo também foi pioneiro em analisar a influência do casamento em três variáveis (colesterol, pressão e diabetes) que são fatores de risco para o infarto – e confirmar que todas elas, separadamente, também se beneficiam da presença de um mozão.
Como já era de se esperar, divórcios derrubam as taxas de sobrevivência de quem já tem pressão alta; Carter e seus colegas reforçam que quando não está tudo bem na relação, não adianta se iludir pensando que está tudo bem com o coração.
Quanto aos solteiros, bem… O jeito é ficar de olho em si próprio. Mesmo antes de o problema aparecer. “É importante que pacientes com fatores de risco perigosos e evitáveis sigam um estilo de vida saudável e sigam as prescrições médicas”, afirmou o médico. “Nosso estudo é de especial importância para quem convive com um alto risco de doenças cardiovasculares e não apresenta sintomas.”
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