Fóssil de dragão-marinho de 3,5 metros é descoberto em museu
O maior espécime de dragão-marinho — antecessor dos dinossauros da família Ichthyosaurus — foi descoberto no Museu de História Natural Bielefeld, na Alemanha.
Os fósseis foram encontrados no litoral do Reino Unido nos anos 1990 e permaneceram no Museu Lower Saxony State, também na Alemanha, até serem estudados novamente. A "redescoberta" se deu ao fato de a espécie I. somersetensis só ter sido descrita oficialmente em 2016.
Para os especialistas, essa é uma prova de que não apenas coleções particulares, mas itens dos próprios museus ainda guardam muitos mistérios. "Me surpreende que espécimes como esse podem ser 'redescobertos' em coleções de museus", afirma Dean Lomax, da Universidade de Manchester, na Inglaterra, em publicação. "Você não necessariamente precisa ir ao campo para fazer uma descoberta."
Análise do fóssil
A ossada descoberta pertencia a uma fêmea de aproximadamente 3,5 metros — o que torna esse o maior espécime de dragão-marinho já encontrado. Outro fato notável é o de que ela estava grávida: foli encontrado um feto de 200 milhões de anos, incluindo uma porção do osso das costas, costelas e alguns outros ossos.
"Embora existam certos tipos de ictiosauros que são conhecidos por terem muitos embriões, existem certos gêneros que dificilmente preservam os embriões e o Ictiosaurio é um deles", explicou Svern Sachs, paleontologista responsável pelo estudo, ao Motherboard.
Esse foi o terceiro exemplo da espécie encontrado com apenas um embrião, o que sugere que com o desenvolvimento do gênero os animais se tornaram capazes de terem mais filhotes.
Além disso, foi descoberto que a cauda do animal presente no fóssil na realidade não é dele: o museu o acrescentou para tornar a exposição mais "interessante". Sobre isso, Sachs critica: "Se partes falsas continuarem sem ser identificadas, cientistas podem acreditar que são verdadeiras, o que resulta em informações falsas publicadas".
(Com informações de Science Alert.)
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