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Reza Deghati: "O essencial é invisível aos olhos, mesmo na fotografia"

Reza Deghati (Foto: Divulgação)

 

Reza Deghati nasceu em Tabriz, no Irã, na década de 1950. Após três décadas trabalhando como fotógrafo, o profissional é um dos homens mais prestigiados na área, tendo sido homenageado com o prêmio World Press Photo e com o convite para fazer parte da National Geographic Society.

Reza começou a fotografar aos 13 anos porque queria retratar as injustiças que presenciava ao seu redor, fato que se conecta ao conselho que dá aos fotógrafos jovens. “Quando algo toca o seu coração, aí sim você pode levar sua arte para as pessoas. Como diria Antoine de Saint-Exupéry: ‘O essencial é invisível aos olhos’ — mesmo na fotografia”, afirma em entrevista por telefone à GALILEU.

Fotógrafo fala de um de seus retratos na Bienalsur 2017 (Foto: Divulgação)

 

Dos 30 anos de carreira, a maior parte deles o iraniano passou fotografando situações de guerra e ficou famoso por seus retratos, mas mesmo assim acredita que nem sempre obteve os melhores cliques. “Eu estava trabalhando e ensinando crianças a fotografarem. No fim, suas fotos eram superiores às minhas, pois tinham mais emoção. É até por isso que incentivo os jovens a contarem suas histórias”.

Reza Deghati se interessa tanto pelo ensino dos mais novos que participou da Bienal Internacional de Arte Contemporânea da América do Sul (Bienalsur). Sua função foi compartilhar seu conhecimento com jovens entre 13 e 20 anos moradores de Buenos Aires, na Argentina.

Reza palestrando na Bienal de Arte Contemporânea (Foto: Divulgação)

 

Para o especialista esse será um desafio, mas não chega nem perto do que viveu durante os conflitos no Afeganistão: “Ensinei mais de mil pessoas sobre jornalismo e arte digital após a chegada do Talibã”, lembra: “Essa foi a experiência que mais me tomou tempo e energia”.

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No Brasil, Reza participou de um projeto que tinha o intuito de fotografar cafezais ao redor do mundo e divulgar o trabalho daqueles que vivem do plantio e da colheita de café.

Quando questionado sobre seu clique preferido, o membro da National Geographic Society não hesitou em responder: “Minha foto preferida é a próxima que irei tirar”. Para ele, mesmo que um trabalho passado seja bom, ele já aconteceu e agora é momento de procurar algo novo: “Nós [artistas] estamos sempre em busca de fazer projetos melhores. É assim que a paixão e o entusiasmo se mantêm”.

Reza aconselha os jovens a "se atentarem ao coração" (Foto: Divulgação)

 

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*Com supervisão de Isabela Moreira

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