Ads Top

A música também influencia o tato

O que você chamaria de uma música “sensual”?  É posssível montar uma playlist de respeito com alguns consensos, como um dos clássicos do Marvin Gaye, talvez alguma do Maroon 5, ou então esta nostálgica do Snoop Dogg.

Há quem confie cegamente neste tipo de gênero para a tarefa de criar aquele clima com o parceiro. Colocar uma música sensual para rodar, abrir um bom vinho e preparar um jantar à luz de velas ajudaria a dar aquela preparada no terreno para interações, digamos, mais físicas.

A boa notícia para os românticos é que a ciência tem um novo argumento que comprova a eficácia desse método. Pesquisadores do Instituto Max Planck, na Alemanha, descobriram que quanto mais sensual julgamos uma música mais intenso sentimos o contato de alguém.

Em um experimento sensorial feito pelos cientistas, as cobaias colocavam seu braço através de uma cortina e eram acariciadas por um robô. A máquina tinha uma espécie de escovinha, que gentilmente massageava a pele dos participantes. Enquanto isso, eles tinham de ouvir diferentes músicas – que depois avaliavam em uma escala que ia de “nem um pouco sexy” para “extremamente sexy”.

Em um segundo momento, os voluntários foram avisados de que seriam tocados por uma pessoa de carne e osso, e não mais pelo braço mecânico. Mas era só papo: quem continuava em contato com eles era o robô. O interessante é que, mesmo quando sabiam que o autor das carícias era uma máquina, a reação das pessoas ao toque continuava igual.

Por conta dos estímulos sonoros, que criavam todo um clima para a situação, as pessoas julgavam o toque robótico tão sensual quanto o de um humano. Quando a música não ajudava, de nada valia imaginar se a pessoa do outro lado era atraente ou não: o toque parecia ser muito menos “provocante” para as cobaias, ainda que nunca mudasse de intensidade.

 Esse efeito acontece porque a mesma área do cérebro é ativada pelo som sensual e pelo toque. Por isso, canções mais tristes tornariam o mesmo contato menos íntimo – e um heavy metal, bem mais agressivo, provavelmente faria o toque parecer um incômodo cutucão.

“A música parece alterar a forma como percebemos o tato. Certas características pareceram se transferir da música para o toque”, explica Tom Fritz, pesquisador que liderou o estudo. A pesquisa foi publicada no periódico Journal of Experimental Psychology.

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.