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Relatório revela presença de 381 novas espécies na Amazônia

Plecturocebus miltoni, o zogue-zogue-rabo-de-fogo (Foto: Adriano Gambarini/ WWF/ Divulgação)

 

A maior floresta tropical do planeta, a Amazônia, abriga uma enorme diversidade de fauna e flora. A dimensão é tão grande que nem todos animais e plantas são conhecidos. 

Por isso, O WWF-Brasil em parceria com o Instituto Mamirauá, exploraram a região e encontraram 381 espécies antes desconhecidas. Os resultados foram divulgados no relatório “Atualização e Composição da lista Novas espécies de Vertebrados e Plantas na Amazônia (2014-2015)”. 

De acordo com as instituições, o número representa a descoberta de uma nova espécie a cada dois dias. Dentre elas 216 são plantas, 93 peixes, 32 anfíbios, 19 répteis, uma ave, 18 mamíferos e dois mamíferos fósseis. Abaixo, conheça alguns desses animais:

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Arraia doce — Potamotrygon limai

Potamotrygon limai, a arraia doce (Foto: João Pedro Fontenelle de Araújo Freire da Silva/ Divulgação)

Encontrada em Rondônia, a arraia de água doce possui pigmentação acastanhada, com manchas que lembram favos de mel. De acordo com pesquisadores, os maiores indivíduos da espécie medem aproximadamente 65 centímetros. 

Bagre miniatura — Gelanoglanis pan 

Gelanoglanis pan, bagre miniatura (Foto: Bárbara Borges Calegari/ Divulgação)

 

Com cerca de 2,5 centímetros, o peixe possui características incomuns dentro do gênero Gelanoglanis além do tamanho: ele possui a ossificação da cabeça reduzida e dentição na pré-maxila.

O animal foi o primeiro registrado na porção sul da Amazônia e em rio de águas claras. O nome pan vem do deus grego da fertilidade e sexualidade masculina, e faz referência ao gonopódio — nadadeira anal — modificada dos machos da espécie aquática. 

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Acari-de-bola-branca — Spectracanthicus zuanoni 

Spectracanthicus zuanoni, o acari-de-bola-branca (Foto: José Luis Birindelli/ Divulgação)

 

O peixe ornamental se alimenta de algas e é encontrado em locais de de fortes correntes sujeitas à formação de remansos. Segundo pesquisadores, a construção da hidrelétrica de Belo Monte pode trazer riscos à espécie, tornando-a ameaçada de extinção. O nome zuanoni é uma homenagem à Jansen Zuanon, ictiólogo que contribuiu com a ictiofauna (conjunto de peixes) neotropical. 

Poiaeiro-de-Chico-Mendes — Zimmerius chicomendesi 

Zimmerius chicomendesi, o poiaeiro-de-Chico-Mendes (Foto: Fabio Schunck/ Divulgação)

 

A ave recebeu a nomeação em homenagem à Chico Mendes, famoso ambientalista brasileiro. O pássaro habita, principalmente, a Floresta Nacional de Humaitá, no Amazonas, por gostar de regiões arenosas, pouco drenadas, com áreas de campina, e gramíneas. O poiaeiro se alimenta de insetos e frutas. 

Rapazinho-estriado-do-oeste — Nystalus obamai 

 Nystalus obama, o rapazinho-estriado-do-oeste (Foto: Fabio Schunck/ Divulgação)

 

A ave de bico pontudo e forte habita florestas de terras firmas e secundárias maduras, com árvores de mais de 15 metros de altura. O pássaro pode voar de três a oito metros para capturar presas, que podem ser ortópteros, lagartas e artrópodes. O nome científico do animal é inspirado em Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos. 

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Boto — Inia araguaiaensis 

Inia araguaiaensis, boto (Foto: Gabriel Melo-Santos/ Divulgação)

 

A nova espécie de golfinhos de rio é encontrada principalmente nas bacias dos rios Araguaia e Tocantins. O animal possui uma distribuição genética baixa e restrita, com números estimados em mil indívudos. Além disso, os pesquisadores estão preocupados com as ameaças exteriores como a construção de hidrelétricas, atividades industriais e agropecuárias, que podem extinguir a espécie. 

Zogue-zogue-rabo-de-fogo — Plecturocebus miltoni 

Plecturocebus miltoni, o zogue-zogue-rabo-de-fogo (Foto: Adriano Gambarini/ WWF/ Divulgação)

 

O primata recebeu o nome científico em homenagem ao cientista Milton Thiago de Mello, que trabalhou pelo desenvolvimento da primatologia. Já o termo popular 'rabo-de-fogo' é graças à calda vermelha do animal. O zogue-zogue é difícil de ser observado, sendo que ele geralmente aparece pelas manhãs. Segundo pesquisadores, o desmatamento é a principal ameaça de extinção do primata. Ele pode ser encontrado em Mato Grosso, Amazonas e Rondônia.

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