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Djuena Tikuna, a primeira mulher indígena a lançar disco no Teatro Amazonas

 (Foto: Ilustração: Estúdio Barca)

 

Uma cena inédita nos 121 anos do Teatro Amazonas, localizado na cidade de Manaus: no final de agosto, mais de 800 pessoas estiveram presentes no show de Djuena Tikuna, a primeira mulher indígena a protagonizar um espetáculo musical no teatro, no lançamento do álbum Tchautchiane.

O nome Djuena significa “a onça que pula no rio”. Ela nasceu na Aldeia Umariaçu II, da etnia Tikuna — daí o sobrenome —, no município de Tabatinga (AM). Até os 10 de anos de idade, falava apenas a língua tikuna. A cantora se mudou ainda criança para Manaus, cidade onde cresceu e estudou.

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Mas a paixão pela música nasceu em sua aldeia. “Quando o bebê está na barriga as mães já cantam. Toda hora tem o canto tikuna: canção de ninar, de rituais e até com adaptações de estilos, como cúmbia e reggaeton”, diz. “A música entrou na minha vida como uma força para lutar pelos povos indígenas.”

Ativista, Djuena apoia a demarcação das terras indígenas e combate o preconceito contra os povos tradicionais. “É uma forma que tenho de encarar a sociedade não indígena”, afirma. “Temos de valorizar nossa cultura e fazer as pessoas não indígenas respeitarem nossos rios, terras e florestas. Elas são sagradas.”

*Com edição de Thiago Tanji

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