4 motivos para assistir a incrível ‘Star Trek: Discovery’
Klingons? Naves espaciais? Tenentes e hierarquias a milhares de anos-luz? O universo de Star Trek ganhou uma nova leva de aventuras com a série Star Trek: Discovery, cuja primeira temporada está disponível na Netflix.
Comandada pelo capitão Gabriel Lorca, a Discovery é de uma nave de exploração científica que vira uma importante ferramenta de guerra quando a Frota Estelar entra em conflito com os klingons. A tripulação é tão interessante quanto a nave: a tenente e protagonista da série, Michael Burnham, por exemplo, foi quem acidentalmente causou o início da guerra.
O universo é cheio de pontos a serem explorados. Separamos alguns motivos para entrar nessa aventura com a Discovery. Leia abaixo — e vida longa e próspera.
1 - Não é necessário ter conhecimento prévio
Star Trek possui um universo vasto: antes de Discovery, foram lançadas seis outras séries (contando a animada, lançada em 1973), com um total de 725 episódios, e 13 filmes feitos para a televisão e o cinema. Mas não se intimide! Se você não tem tempo ou disposição para começar desde o seriado original dos anos 1960, não deixe de assistir à Discovery. Ao apresentar os novos personagens, a série consegue estabelecer bem o universo no qual eles vivem e, aos poucos, explica as diferentes regras e facções existentes dentro dele.
2 - Tem mentes brilhantes por trás
Pushing Daisies (2007) e Hannibal (2013) são consideradas algumas das melhores séries dos últimos dez anos. E, por incrível que pareça, elas têm algo em comum com Star Trek: Discovery: as três foram criadas e desenvolvidas pelo produtor norte-americano Bryan Fuller, que além de exigir uma qualidade impecável em suas produções, é considerado um grande contador de histórias.
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3 - A narrativa
Com episódios que duram entre 40 e 50 minutos, Discovery acompanha a tenente Michael Burnham, uma humana criada por vulcanos que, após acidentalmente criar um conflito com os klingons, se torna prisioneira da nave Discovery. Os capítulos paralelamente desenvolvem a história de Burnham e da própria nave e seus tripulantes, o que a torna ainda mais atrativa.
É possível ter flashbacks da infância da tenente, que tem várias pendências emocionais para resolver, e um mistério ocorrendo entre a tripulação, tudo em um mesmo episódio. Aos poucos, a série mostra um pouco da intimidade dos outros personagens, fazendo com que o espectador se apegue a eles a cada capítulo que se passa.
O visual da série é um atrativo à parte: com um orçamento de US$ 8,5 milhões por episódio, Star Trek: Discovery tem um dos visuais para rebuscados da televisão. Dos efeitos especiais realizados para a nave à maquiagem dos klingons (bem diferente da do Worf no começo de Stark Trek: The Next Generation), tudo é feito no capricho. O espaço nunca pareceu uma estrada tão bonita a se percorrer.
4 - Representatividade
Historicamente Stark Trek sempre esteve à frente de seu tempo. Em 1966, Nichelle Nichols se tornou uma das primeiras atrizes negras a ganhar um papel de destaque no horário nobre norte-americano, interpretando a tenente Nyota Uhura. Martin Luther King, inclusive, certa vez a convenceu a não sair da série. “Algum tempo depois de tê-lo conhecido, ele me disse algo do tipo ‘Nichelle, goste ou não, você se tornou um símbolo. Se você sair [da série], eles podem te substituir com uma branca loira e será como se você nunca estivesse lá. O que você conquistou para todos nós só será real se você ficar’. E isso me deixou pensando como seria para todos os fãs negros de todo o país me ver sair. Percebi que era maior do que eu”, escreveu ela durante uma sessão de perguntas e respostas do Reddit.
Nichols abriu caminho para que várias outras atrizes negras tivessem seu espaço na televisão. Entre elas, Sonequa Martin-Green, que interpreta a protagonista Michael Burnham em Star Trek: Discovery. A nova série, assim como a pioneira original, conta com um elenco diverso, que inclui Shazad Latif, ator britânico de origem paquistanesa que vive o chefe de segurança da Discovery, Ash Tyler, Wilson Cruz, norte-americano descendente de porto-riquenhos, que interpreta o médico Hugh Culber, e Michelle Yeoh, atriz malaia que dá vida à capitã Philippa Georgiou.
Burnham e Georgiou são personagens fortes, em posição de comando, e não são julgadas por serem mulheres, e sim por terem ou não as habilidades necessárias para determinadas missões. Já Culber tem um relacionamento com outro personagem do mesmo sexo e em nenhum momento isso é considerado um problema. Mais uma vez, os membros da Frota Estelar estão muito à frente dos habitantes da Terra em 2017.
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