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Biólogo flagra caranguejo gigante atacando um pássaro

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Maior artrópode do mundo é flagrado pela primeira vez caçando um pássaro (Foto: Reprodução/YouTube)

 

Era uma noite normal de pesquisa sobre a fauna do arquipélago de Chagos — um grupo de sete atóis com mais de 60 ilhas em meio ao Oceano Índico —, quando Mark Laidre, do departamento de Ciências Biológicas da Universidade de Dartmouth, nos EUA, se deparou com algo até então inimaginável.

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Chagos é considerado um dos melhores locais do mundo para observar o maior invertebrado terrestre do mundo: o Caranguejo-do-coqueiro (Birgus Latro). Com até 4 kg e um metro de comprimento de uma ponta de pata a outra, eles são encontrados em abundância no arquipélago, localizado em meio a uma das maiores reservas marinhas do mundo.

Maior artrópode do mundo é flagrado pela primeira vez caçando um pássaro (Foto: Reprodução/YouTube)

 


O caranguejo-do-coqueiro ganhou esse nome pelo gosto pela fruta. Eles escalam as árvores até o topo para colher o coco fresco. Sua alimentação também inclui outras frutas e restos de animais mortos, não se sabia de sua faceta predadora.

Pelo menos até que Laidre viu um dos caranguejos gigante lentamente escalando uma árvore pela noite e resolveu filmá-lo.

O artrópode gigante então avistou um Atobá-de-patas-vermelhas dormindo em um ninho próximo ao chão e partiu para o ataque. Com um golpe só de suas garras quebrou as asas do pobre pássaro, e o derrubou do ninho.

De forma tranquila o caranguejo desceu da árvore, foi ao ponto onde sua vítima estava caído, e quebrou sua outra asa. Logo, outros cinco caranguejos apareceram e terminaram de destroçar o atobá. O vídeo abaixo mostra somente o trecho de solo da luta, quando estavam no mano-a-mano. 


De acordo com artigo publicado no periódico da Sociedade Ecológica da América, o fato observado por Laidre, por ser incomum, pode ter impactos na ecologia da região. Os atobás podem passar a evitar montar seus ninhos em ilhas com muitos caranguejos.

Assim como, graças a um fenômeno chamado de “Efeito prioridade”, os caranguejos também deixariam as ilhas com muitos atobás. Seu plano agora é colocar câmeras ativadas pelo movimento para determinar a frequência que os caranguejos estão comendo pássaros. 

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