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Contra aquecimento global, usina na Islândia transforma CO² em pedras

Primeira usina elétrica com emissão zero fica na Islândia (Foto: Divulgação/Arni Saeberg)

 

Começou nesta segunda-feira (6) a Conferência das Nações Unidas de Mudanças Climáticas (COP) com o desafio de impedir que a temperatura da Terra aumente 1,5ºC em relação ao início da Revolução Industrial.

Para atingir o objetivo é necessário, além de evitar novas emissões de CO², retirar parte das substâncias que já estão pairando no ar. E é justamente isso que a empresa suíça Climeworks começou a fazer no final de outubro na capital da Islândia, Reykjavik.

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Para isso, o equipamento instalado em uma usina de energia geotérmica utiliza ventiladores gigantes que puxam o ar: ao passar por um filtro, reações químicas "prendem" o CO² presente no ar. O dióxido de carbono puro é então misturado lentamente na água, injetada no subsolo rico em pedras basálticas de Reykjavik. As duas substâncias reagem e o CO² é petrificado, ficando preso por, pelo menos, 200 anos.

Apesar do sucesso, tudo ainda funciona como um teste. O plano é capturar 50 toneladas de CO² por ano: isso é pouco mais do que a emissão, em média, de 30 brasileiros no mesmo período.

A grana também é um problema. O processo é considerado caro. A empresa busca empresas parceiras dispostas a pagar US$ 500 por tonelada capturada. A meta é que, com a economia em escala, o preço caia para cerca de US$ 100 por tonelada. Para se ter uma ideia, o Brasil sozinho emitiu 2,3 bilhões de toneladas de CO² em 2016. Para zerar esse índice, seria necessário gastar mais que 65 vezes o orçamento do Ministério do Meio Ambiente.

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