Mais de 99% da geração elétrica da Costa Rica vêm de fontes renováveis
Não é novidade que a Costa Rica é um dos países mais sustentáveis do mundo. Enquanto por aqui ainda sonhamos em zerar o desmatamento, o país da América Central já o fez em 1998. Hoje mais de 50% dos seus 51 mil km² são cobertos com florestas. A meta é chegar à 70% em 2021. Como consequência, 50% do PIB vem do turismo ecológico.
O país não foge à regra de sustentabilidade nem na produção de energia elétrica. Semana passada, o Centro Nacional de Control de Energía (CENCE), o equivalente costarriquenho à nossa ANEEL(Agência Nacional de Energia Elétrica), anunciou que em 2017 o país já soma 300 dias de produção elétrica de fontes renováveis. Isso porque a divulgação foi feita no 321º dia do ano. Desde o dia 1º de maio não queima combustíveis fósseis com essa finalidade.
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Na data, no último 17 de novembro, a Costa Rica acumulava 99,62% de produção elétrica proveniente de cinco fontes renováveis diferentes, a proporção mais alta desde 1987. Desse total, 78,26% da energia veio das hidroelétricas, 10,29% teve o vento como fonte, 10,23% da geotermia e 0,84% da biomassa e do sol. 0,38% são provenientes das termelétricas.
A tendência é que os números melhorem ainda mais até o final do ano. 2017 marcou o recorde histórico da produção eólica no país, graças às 16 usinas instaladas nas províncias de San José e Guanacaste. Em dezembro, por conta do aumento da velocidade dos ventos, a participação na matríz energética será ainda maior.
Para efeito de comparação, de acordo com o Ministério de Minas e Energia, o Brasil, que tem matriz energética considerada “limpa”, 2017 deve acabar com 83,3% da eletricidade proveniente de fontes renováveis. São 67,9% de fonte hidroelétrica, 6,5% eólica e 9% de biomassa. Apesar de estar longe da Costa Rica, os números nacionais são bem melhores que a média mundial, com apenas 24,1% proveniente de recursos renováveis.
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