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Os bracinhos do T. Rex não eram tão inúteis assim

Um monstro de mais de 5 metros de altura e o dobro de envergadura, o Tiranossauro Rex ainda conseguiu virar motivo de piada graças aos seus braços, minúsculos em comparação ao resto do seu corpo. Até que surgiu o paladino dos bracinhos: o paleontólogo Steven Stanley, da Universidade do Havaí, publicou um artigo em defesa das presas dianteiras do bicho.

Para você ter uma ideia, os braços abertos de um ser humano costumam ter o mesmo comprimento, em média, que a altura da pessoa. Já os braços do T-Rex, com cerca de um metro cada, não chegariam nem na metade da altura dele nessas mesmas medidas.

A teoria mais comum para essa tamanho anormal era de que os braços do T-Rex eram um resquício vestigial: seu peso era sustentado pelas enormes pernas traseiras e sua boca, com mais de 50 dentes afiadíssimos, cada um com 20 cm, dava conta da caça tranquilamente. Evolutivamente, os braços foram ficando inúteis e atrofiando.

A proposta de Stanley é outra. A função das patas dianteiras do dinossauro seria auxiliar em  ataques a presas em curta distância. Os braços, apesar de curtos, tinham fortes músculos e longas garras, duas para cada braço, com 10 cm de comprimento.

Segundo a tese do paleontólogo, no momento que o dinossauro puxasse a presa pela boca, ou montasse em suas costas, os braços permitiriam golpes com um metro de alcance, que perfurariam o corpo da vítima com quatro talhos profundos em rápida sucessão.

A força para causar esse tipo de dano, segundo o pesquisador, vinha do osso que liga os braços ao ombro, garantindo uma mobilidade aumentada para os ataques.

As próprias garras, aliás, são para Stanley sinal de que os bracinhos não seriam apenas restos inúteis atrofiados. O que ele admite, no entanto, é que a evolução levou, sim, os braços dessa espécie de tiranossauro a diminuir com o passar das gerações – o que não quer dizer que eles não tenham mantido características violentas para auxiliar a máquina mortífera que era o T-Rex.

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