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Planeta parecido com a Terra é encontrado a 720 anos-luz

NASA encontra 219 candidatos a exoplanetas (Foto: NASA)

 

Os cientistas talvez tenham encontrado nossa rota de fuga em caso de destruição da terra. Basta entrar em uma nave, direcionar o gps para a constelação de Cisne, e viajar por 720 anos-luz até o KOI-7923.01, o mais promissor dos 20 recém descobertos exoplanetas (aqueles que estão fora do nosso sistema solar) com condições de abrigar a vida humana.

A identificação aconteceu graças à sonda espacial Kepler. Lançada em 2009, ela já não está em seus melhores dias: desde 2013 enfrenta consecutivos problemas técnicos que a fizeram abandonar a missão inicial, voltando sua observação para outro canto da Via Láctea. Nos quatro anos em que trabalhou na busca de exoplanetas nos confins do espaço, recolheu dados de mais de 150 mil estrelas. Aos poucos um time de astrônomos da NASA, comandados por Jeffrey Coughlin, está desvendando esses dados.

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No total, a Kepler já encontrou  4.034 possíveis exoplanetas, sendo que 2.337 foram confirmados. Os cientistas da agência espacial americana então misturaram os sinais capturados desses potenciais exoplanetas, misturando alguns já confirmados e alguns falsos. Assim, puderam reconhecer possíveis erros, corrigir ruídos no sinal, e chegar à lista de 20 candidatos.

Até que chegaram no KOI-7923.01. Ele tem um tamanho equivalente à 97% da Terra, com órbita que dura 395 dos nossos dias. A temperatura da estrela, um pouco menor que a do Sol, e sua distância dela faz com que o novo planeta seja mais frio que o nosso, mas não o bastante para inviabilizar a vida. Mais ou menos a temperatura da região da tundra, no extremo norte do globo.

Apesar de promissor, ainda é cedo para começar a fazer as malas e inventar uma tecnologia que nos leve até lá, já que a NASA tem entre 70 e 80% de certeza de que são bons candidatos. Por terem órbita longa — a mais curta tem 18 dias —, a Kepler conseguiu observar cada planeta apenas uma ou duas vezes, já que boa parte do tempo estavam do outro lado de sua estrela. Para ter certeza, é preciso fazer mais observações desde a Terra ou por meio do telescópio Hubble.

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