Utilização de "robôs assassinos" é discutida em reunião da ONU
É verdade que, apesar dos avanços da robótica e da inteligência artificial, ainda não temos exemplares de "Exterminadores do Futuro" sendo utilizados em campos de batalha de diferentes partes do mundo. Mas prevenir é melhor do que remediar: em novembro, membros da iniciativa "Campaign to Stop Killer Robots" (Campanha para Parar Robôs Assassinos, em português) tiveram a oportunidade de expor suas preocupações sobre a utilização de robôs em guerras durante uma reunião realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O bilionário sul-africano Elon Musk defensores de regras mais rígidas para o emprego de máquinas com inteligência artificial no campo de batalha. Responsável pelos projetos espaciais da SpaceX e dos carros da Tesla, o inventor escreveu uma carta à ONU explicando que o desenvolvimento de máquinas de guerra inteligentes permitiriam que "os conflitos alcançariam uma escala nunca antes vista, de uma maneira muito mais rápida do que os humanos podem compreender".
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Mais do que uma rebelião liderada por uma inteligência artificial repleta de armamentos, a maior preocupação do grupo de especialistas diz respeito ao emprego dessas máquinas para fins escusos: robôs poderosos poderiam estar a serviço de ditadores e terroristas que teriam ainda mais poder para ameaçar populações civis. Além disso, dispositivos robóticos correm o risco de serem hackeados e perderem seus parâmetros responsáveis por garantir o mínimo de segurança aos humanos.
Apesar das preocupações, a reunião realizada na ONU não rendeu tantos frutos como o esperado. O embaixador indiano Amandepp Gill, que presidiu a reunião, tratou de minimizar a influência dos robôs em guerras, como afirma reportagem do periódico britânico The Guardian. De acordo com Gill, "os robôs não estão tomando o controle do mundo", salientando a importância de não dramatizar o desenvolvimento de novas tecnologias.
Ainda assim, a maioria dos países concorda com instrumentos regulatórios para a fabricação e emprego de máquinas inteligentes nas Forças Armadas, de uma maneira parecida com os tratados realizados sobre o desenvolvimento de armas de destruição em massa.
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