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Assim era a morte para os antigos egípcios

Vivemos em um mundo onde há uma enorme diferença entre os povos. O tempo passa, as coisas evoluem e as culturas seguem firmes, sem perder a sua essência. Em cada canto do planeta, os povos costumam enxergar a vida de uma forma única. Não somente a vida, mas a morte também é algo bastante questionado por todos. Pra onde vamos? O que acontecerá com a nossa alma? Renascemos? Enfim, essas e outras perguntas são bem comuns.

Falar sobre esse assunto sem pensar nos egípcios é algo impossível. Esse povo sempre teve costumes curiosos e, para muitos, sensatos. Pensando um pouco mais sobre o assunto, a redação da Fatos Desconhecidos resolveu buscar uma explicação para a forma com que os egípcios antigos enxergavam a morte e o que mais nos chamou a atenção foi o fato de que eles mantinham a crença de que as almas tinham que lutar para encontrar um bom futuro. Confiram com a gente.

Para os egípcios, existe um lugar para onde as almas vão para descansar após a morte de alguém, assim como a maioria das religiões acreditam. Nesse lugar, chamado de Aaru, existe bastante vida e é lindo, onde finalmente encontrarão a tão sonhada paz. Mas morrer não era o suficiente para encontrar essa luz, eles deveriam passar por diversos testes. Para conseguir chegar ao Aaru, essas almas teriam que atravessar 12 terras do inferno, mais conhecidas como Duat. Esse lugar terrível chegou a ser ‘mapeado’, mostrando duas estradas separadas por um rio de fogo, mas o que causava medo nas pessoas eram os seres que habitavam o lugar.

Duat

Nas descrições sobre Duat, a Terra não era mais um lugar seguro, pois estava cheia de demônios dispostos a destruir qualquer alma que tentasse passar. Os recém mortos deveriam driblá-los para conseguir chegar ao paraíso. Caso contrário, seriam condenados pela eternidade e cairiam no esquecimento. Além de ser uma tarefa difícil, essas almas deveria conseguir atravessar o Duat antes que seus corpos se decomporem.

Por esse motivo havia as mumificações, para lhes dar mais tempo para alcançar o seu destino. Para que as almas conseguissem isso, eles acreditavam que elas devessem comer e, por esse motivo, quando uma pessoa morria, era criado uma estátua ao lado de seu corpo com a boca aberta, assim eles colocavam carne dentro. Era uma crença de que se o espírito tivesse comida, ele conseguiria percorrer o caminho sem problemas.

Faraós

Os faraós tinham sorte, pois todos fariam de tudo para cuidar de sua alma. Mas também, seus escravos, criados e pessoas com grande valor sentimental deveriam morrer para acompanhá-lo. Até mesmo seus animais deveriam partir junto. Um dos casos mais extremos foi o do faraó Djer. Ele envenenou 569 pessoas para que elas pudessem partir com ele.

Há ainda afirmações de que no Duat, haviam 12 portões. Em cada um deles, um guardião que decidia se você passava ou não. Isso depois de realizar testes cruéis. Finalmente, quando conseguiam passar, essas almas se juntavam a Osiris, o senhor do submundo e a ele deveriam jurar jamais quebrar as leis divinas.

Após isso, seu coração seria julgado. Se fosse inocente, conseguiria entrar no paraíso, caso contrário, a alma seria jogada para o animal Ammitt. Ele se encarregava de torturar e devorar as almas por completo. Essa era uma forma de julgamento terrível e que amedrontava todos.

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