Cientistas encontram ossada mais completa e antiga de ancestral humano
Após 20 anos de procura, arqueólogos encontraram a ossada mais completa e antiga de um australopiteco — espécie ancestral dos humanos que conhecemos hoje. O exemplar data de 3,6 milhões de anos atrás e foi encontrado na África do Sul.
Os especialistas estão muito empolgados com a descoberta do ancestral, que está sendo chamado de "Pezinho", já que 4 pequenos ossos dos seus pés foram os primeiros itens encontrados do esqueledo.
"Esta é uma das mais notáveis descobertas fósseis feitas na história da pesquisa de origens humanas e é um privilégio revelar uma descoberta dessa importância hoje", disse em comunicado Ron Clarke, da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo.
Pezinho não é o hominídeo mais antigo já encontrado: essa honra pertence a Ardi, que viveu na Etiópia há 4,4 milhões de anos. Mas sua ossada é significativamente mais completa que a de Ardi — e pode ser mais informativa.
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Espera-se que o achado ajude os cientistas a compreenderem como o corpo de nossos ancestrais se moviam, como eram estruturados, qual sua aparência e até mesmo, analisando os dentes da espécie, o que comiam. Até agora, já se sabe que Pezinho era uma garota baixinha (1,35 m) que provavelmente morreu quando ainda era jovem.
Sua presença sugere que os hominídeos se espalharam por toda a África antes do que se pensava, e ela é o primeiro esqueleto que permite uma comparação entre o comprimento do braço e o comprimento da perna em um único indivíduo. Suas pernas eram mais longas do que seus braços, o que mostra em termos evolutivos que ela era muito mais próxima dos seres humanos do que dos macacos.
A demora para estudar a ossada ocorreu porque ela foi encontrada em uma estrutura rochosa extremamente difícil de ser explorada. Segundo Clarke, ele e sua equipe passaram muito tempo limpando os fósseis: "O processo exigiu uma escavação extremamente cuidadosa no ambiente escuro da caverna. Uma vez que as superfícies voltadas para cima dos ossos do esqueleto foram expostas, a brecha em que os lados inferiores ainda estavam embutidos tiveram que ser cuidadosamente cortadas e removidas em blocos para limpeza adicional no laboratório".
(Com informações de Science Alert.)
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