Eu, Você e Aquela Playlist
Meu boy precisou viajar à trabalho e eu estou aqui subindo pelas paredes. Queria dar gostoso pra ele enquanto a gente ouve aquela playlist que ele fez pensando na gente. Acredita que ele ficava me mandando as sugestões de músicas e ia dizendo o que faria comigo?
Quando tocar “I Put a Spell on You” vou tirar a tua roupa bem devagar. Lamber tua barriga até a base do teu peito e segurar tuas costas, trazendo o biquinho pra bem perto dos meus dentes – eu sei que você gosta quando eu dou umas mordiscadas nele.
Eu delirava lendo aquilo.
Não só porque já imaginava como seria, mas porque resgatava tudo que já tínhamos feito e que apenas deixava mais claro quanto nossa química era foda na cama. A outra da lista? Você lembra aquela música da novela “Verdades Secretas”? “All Night Long”, Aretha Franklin. Deus abençoe quem inventou o jazz. Mais ainda quem inventou de foder ouvindo ele.
E aí, meu amor – ele dizia – quando você estiver sem nada, vou enterrar minha cabeça no meio das suas pernas e só saio de lá quando os gemidos forem mais altos que as buzinas dos carros num dia de engarrafamento e você estiver mais molhada que Veneza (tudo bem, essa última analogia foi uma bosta, mas eu confesso que ri e gostei).
Na primeira vez que usamos aquilo tudo de música, lugar que podíamos fazer barulho e juntamos com uma saudade louca um do outro, quase transformamos uma quarta-feira normal em réveillon fora de época. Se fosse num fim de semana, certamente, poderia ser comparado ao Carnaval. Três dias fodendo, amando, descansando um pouco porque ninguém é de ferro, e sendo felizes.
Putz, como eu gosto de sexo.
Agora estou aqui, lembrando de tudo que ele faz comigo e mandando uma mensagenzinha atrevida pra não perder o hábito. Passando a mão em mim só pra tentar abaixar um pouco do fogo. Contando as horas pra mais uma vez estar toda suada num quarto com ar-condicionado no 17.
O daqui de casa não chega no 15, infelizmente.
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