“Star Wars: Os Últimos Jedi” é um filme pra rir, se emocionar, se desesperar, e querer ver de novo
Acabamos de assistir a “Star Wars: Episódio VIII – Os Últimos Jedi”, e como era de se esperar, o filme está incrível. Vou contar aqui tudo o que achei do filme, e não se preocupe, este será um texto sem spoilers, afinal boa parte da graça do filme é assisti-lo sem saber o que está por vir.
“Os Últimos Jedi” começa com aquele saudoso letreiro, mas o filme é uma continuação direta de “O Despertar da Força”, começando do mesmo ponto em que o episódio anterior parou. Rey (Daisy Ridley) e Chewbacca tentando fazer Luke Skywalker (Mark Hamill) voltar para ajudar os rebeldes. A General Leia (Carrie Fisher), Poe Dameron (Oscar Isaac), Finn (John Boyega), e o resto dos rebeldes enfrentando diretamente a Primeira Ordem, que os cercou. E por último Kylo Ren (Adam Driver) enfrentando sua própria consciência após ter matado o pai.
O filme não está preocupado em seguir um personagem apenas, e entrega três frentes narrativas, cada uma para um dos seus heróis, mas que se conversam muito bem, e vão alimentando o clímax pouco a pouco. As batalhas também estão super grandiosas, bonitas e empolgantes, um grande espetáculo visual.
São muitas emoções…
Ao decorrer do filme eu devo ter feito várias expressões. Eu ri bastante durante o filme, pois ele é repleto de piadas muito boa e referências engraçadinhas, e o bom é que o alívio cômico não fica restrito a um único personagem, podendo vir a qualquer momento.
Mas enquanto você está rindo, logo para com aquela batalha louca que está rolando e fica desesperado para que tudo dê certo. Ou ficar congelado não querendo acreditar no destino de algum personagem, mas que era só pegadinha do roteiro. Fazia tempo que não via um filme que sabia dosar e misturar tão bem humor, ação, drama, e até um romancezinho. É por isso que é bom ter tantos personagens fortes distribuídos na história.
O filme ainda traz algumas surpresas nostálgicas, sem ser apelativo. Então, se entregue a isso e aproveite ainda mais.
As mulheres arrasam
Quem manda no filme são as mulheres, e não só a protagonista Rey, que desta vez acaba ficando até mais aquietada como uma aprendiz de Jedi, e na busca por quem são seus pais.
Mas a mais fodona do rolê continua a ser a General Leia, que mostra todo o seu poder, inclusive além do que já vimos antes, o que só nos deixa com mais saudades de Carrie Fisher, que faleceu no fim de 2016. Ah, e a personagem de Billie Lourd, filha na vida real de Carrie Fisher, aparece bem mais neste filme.
Temos ainda a nova personagem Rose (Kelly Marie Tran), que se torna parceira de Finn em sua missão. Mas outro grande destaque vai para a Vice-Almirante Holdo, interpretada por Laura Dern, que protagoniza uma das cenas mais fortes, e visualmente belas de todo o longa.
Espere o inesperado e o esperado
“Ah, ‘Star Wars’ é sempre o mesmo formatinho.” Você provavelmente já ouviu isso. “O Despertar da Força” era uma recriação muito bem feita de “Uma Nova Esperança”, e “Os Últimos Jedi” contém similaridades com “O Império Contra-Ataca”, ao mesmo tempo em que é bem diferente. O diretor e roteirista Rian Johnson conhece muito bem a saga com a qual está lidando, e consegue subvertê-la, assim como seus personagens precisam abandonar o passado, sem perder a essência da saga.
O filme, obviamente, tem muitas coisas que você espera que acontecem, e que vão realmente acontecer. Mas é justamente por criar esse espírito de que tudo é meio previsível que as reviravoltas se tornam melhores ainda. O filme começa de um jeito e termina de outro, nos deixando ainda mais ansioso pelo Episódio IX, e como essa saga será concluída.
“Os Últimos Jedi” estreia nos cinemas brasileiros no dia 14 de dezembro, então é bom já garantir o seu ingresso. Mas fica o aviso: o filme é longo! Bem longo! São mais de duas horas e meia (e é perceptível sua duração na sala do cinema, podiam ter enxugado uma meia horinha), por isso esteja preparado para ficar um bom tempo sentado na sala do cinema.
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