YouTube prepara serviço de streaming de música
Pode ser que vejamos mais um grande serviço de streaming de música em 2018. Estou falando do YouTube Remix, que, como revelou a Bloomberg, pode ser a terceira tentativa do Google para emplacar assinaturas em sua plataforma de vídeo.
Segundo a revista, o YouTube Remix deve chegar em março; o Google já teria fechado parceria com a Warner Music Group e estaria conversando com a Sony Music, Universal Music Group e a Merlin, consórcio de gravadoras independentes.
O Remix deve misturar algumas características do Spotify com o próprio YouTube, como a integração da música com videoclipes. Alguns artistas já teriam sido contatados para ajudar a promover o novo serviço de streaming.
Apesar de fazer streaming de vídeo, o YouTube é bastante usado para ouvir música: um estudo (PDF) da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) mostra que 85% das pessoas que visitaram o YouTube no período analisado escutaram alguma faixa de música.
A criação de um serviço de streaming dedicado também pode ser uma maneira de aumentar a receita dos artistas que disponibilizam músicas na plataforma. A IFPI aponta que a receita por usuário no Spotify é de US$ 20, enquanto a do YouTube não chega nem a US$ 1.
Segundo a IFPI, 55% das pessoas usam serviços de streaming de vídeo para ouvir música (o YouTube fica com 46%). Os outros 45% usam o Spotify, Apple Music e outros serviços especializados, pagos ou gratuitos. Neste ano (e nos anteriores), os clipes dominam os 10 vídeos mais vistos do YouTube, acumulando bilhões de visualizações individualmente (Despacito já tem 4,4 bilhões de views).
O Remix, aliás, não seria o primeiro serviço de streaming do Google: o Play Música, lançado em 2011, funciona até hoje (você conhece alguém que usa?). Já o YouTube Music Key, que cobrava assinatura para não exibir anúncios, foi substituído pelo YouTube Red, que permite baixar vídeos offline e reproduzir música no background.
Indícios não faltam para o serviço ser lançado; as assinaturas do Play Música e YouTube Red já são unificadas. E, no ano passado, o YouTube contratou Lyor Cohen, ex-executivo da Warner Music para articular melhor as negociações do serviço com as gravadoras. Será que agora vai?
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